Iran Malfitano e Bárbara Borges no lançamento de ’Xuxa - O Documentário’Globo/Reginaldo Teixeira
Publicado 11/07/2023 07:00 | Atualizado 11/07/2023 08:20
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Rio - A atriz Bárbara Borges, de 44 anos, prestigiou o evento de lançamento de "Xuxa - O Documentário", em um cinema na Zona Sul do Rio, na noite desta segunda-feira. Ex-paquita, a artista relembrou os quatro anos em que trabalhou ao lado de Xuxa Meneghel e Marlene Mattos. 
"O saldo pra mim é sempre maravilhoso, positivo, tudo que eu vivi foi muito grandioso. A Xuxa é uma artista que marcou gerações. Marcou não só a minha geração, mas marcou gerações. É logico que nos quatro anos que eu vivi... Muitas coisas foram exaustivas, muita exigência, tudo que todo mundo já sabe, mas eu só trago ótimas recordações", garantiu. 
"Até mesmo madrugadas sem dormir, acordar de madrugada pra ensaiar, perder festinha — porque eu era adolescente —, mas eu nunca senti como um fardo. Pelo contrário, era como a realização de um sonho e era uma coisa que eu estava amando fazer. Tudo era válido e tudo serviu para o meu crescimento", completou.
A atriz ainda afirmou que Xuxa e Marlene também foram responsáveis por ela ter se tornado a profissional que é hoje. "Eu digo que muito da minha base como profissional, como artista, vem dos quatro anos que eu trabalhei com a Xuxa e com a Marlene. Elas realmente me serviram de uma base absurda artisticamente falando, de disciplina...". 
Bárbara também comentou a relação entre Xuxa e Marlene Mattos. "Já levei esporro da Marlene, já passei por essas situações de exigência, rigor para dar o melhor que você tivesse para oferecer, mas eu não guardo... Pelo menos pra mim, eu tenho uma gratidão pela Marlene. Mas eu entendo totalmente a Xuxa e entendo também que para outras pessoas, outras meninas que foram paquitas, que elas também tiveram outras experiências. Por isso eu tenho um respeito muito grande... Eu acompanhei a Xuxa e sei que a relação das duas realmente era bastante complicada, mas era a relação das duas, o que eu via entre as duas. E é isso, pra mim e pela minha experiencia, eu não tenho nada pra falar", garantiu. 
A atriz fez parte das "Paquitas - Nova Geração" e contou que ainda mantém contato tanto com Xuxa quanto com as ex-colegas. "Eu mandei mensagem ontem (domingo) para a Xuxa, me emocionei vendo o 'Fantástico' e mandei mensagem para ela falando que ela é muito incrível. Minha 'ídola' da vida toda. Continuo admirando cada vez mais... Ela me respondeu e até pediu desculpas pelas coisas que provavelmente a gente possa ter passado como paquita, mas eu falei pra ela que ela não tem que se desculpar por nada, absolutamente nada. Pra mim foram quatro anos maravilhosos da minha vida. Tenho contato com a Xuxa, com as meninas do meu grupo, principalmente, que são as meninas da nova geração. Nós somos muito amigas e muito próximas. E as outras também, não tenho contato direto, mas a gente se vê e tenho sempre muito carinho", afirmou. 
"Minha história está dentro da história da Xuxa. Eu tive a alegria de ser uma das paquitas, tive essa realização do meu sonho de infância. A Xuxa é minha ídola de infância. É uma mulher que eu admiro muito. Eu cresci e aprendi tanto com ela. Eu vivi quatro anos… Ela tem uma história de vida admirável, tudo que envolve a Xuxa bate aqui no meu coração, então estou muito feliz de estar aqui hoje", finalizou. 
Amiga de longa data de Xuxa, Luiza Brunet também prestigiou a festa de lançamento do documentário da apresentadora, que será lançado nesta quinta-feira, no Globoplay, e comentou os abusos que tanto ela quanto a loira sofreram no início da carreira. "Era comum. No episódio cinco, que é o que eu estou com ela, a gente fala sobre isso, sobre essa pauta. Hoje em dia se fala mais sobre isso… A gente foi muito abusada em muitos momentos na nossa vida quando a gente começou a nossa carreira de modelo, porque era comum esse tipo de procedimento no mercado como um todo", afirmou.
'Amor Estranho Amor'
Xuxa Meneghel, de 60 anos, falou sobre sua atuação no filme "Amor, Estranho Amor" (1982), onde ela aparece nua deitada ao lado de um garoto, interpretado pelo ex-ator Marcelo Ribeiro, durante a coletiva de imprensa de seu documentário, "Xuxa, o Documentário", em um cinema da Zona Sul do Rio, na noite desta segunda-feira. 
"Na realidade, não foram apenas fake news, eu acho que tinha uma pitada de tipo assim: 'se eu não falar mal dela, não vai ter espaço', que é o que muita gente costuma fazer ainda hoje em dia. Mas com um requinte de crueldade, porque eu sabia que isso iria mexer muito comigo, me machucar muito, né?", comentou a apresentadora. 
"É um filme, pronto, acabou, beleza. Não. Então, todo mundo falava, e até hoje as pessoas querem falar desse filme. 'Olha só, fiz o filme com 17 para 18 anos, eu estou com 60 anos e até hoje as pessoas falam tal do fake news, dizendo, 'olha, a Xuxa é pedófila', porque ela fez o filme, ou seja, o Rambo também matou um monte de gente, entendeu? Então, quer dizer, as pessoas não veem como ficção, as pessoas querem ver aquilo como verdade, não veem a história do filme, que é uma menina que foi vendida para um prostíbulo, para ser dada para um político. Ou seja, a exploração sexual contra a criança, contra adolescente, e que existe até hoje. E o filme foi baseado no ano de 1960 e pouco. Desde aquela época, as crianças eram exploradas e até hoje", completou.
 
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