Olivia Araujo é destaque na novela Fuzuê como a personagem Maria NavalhaSergio Baia / Divulgação
Publicado 26/09/2023 07:00 | Atualizado 26/09/2023 09:37
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Rio - Após sumir por um ano devido a sua busca pelo tesouro e surgir em cenas de "Fuzuê" da TV Globo, apenas em flashback, como lembranças, a personagem Maria Navalha (Olivia Araujo) reapareceu no folhetim de Gustavo Reiz, no último sábado, e promete movimentar a trama. Um dos momentos mais esperados é o reencontro da ex-cantora com a filha, Luna (Giovana Cordeiro), que não poupou esforços para encontrá-la. Olivia Araujo adianta que a gravação dessas cenas, previstas para irem ao ar a partir desta quinta-feira, foram emocionantes. 
"Não é um reencontro fácil. Durante um ano, a Luna parou praticamente a vida dela procurando a mãe, que resolve sair em busca desse tesouro e da vida. O tesouro não é só financeiro, material... Quando ela (Maria Navalha) desaparece, está em um momento muito difícil e perdido da própria vida. Ela não quer dar mais trabalho pra filha. Ela quer voltar com força. Esse reencontro é emocionante porque tem muita saudade, muita mágoa, muitas perguntas: 'O que aconteceu?', 'por onde ela andou?', 'por que ela não deu notícia?'. E ao mesmo tempo, a Maria Navalha vai entender o que aconteceu nesse um ano, se assusta, e também não pode dizer tudo para a filha. Então é um reencontro carregado de emoção, delicadeza", adianta a atriz. 
A artista ainda exalta a conexão profissional com Giovana Cordeiro. "Eu e a Giovanna temos um carinho, um jeito de fazer as personagens e nos entendemos muito em cena. A gente está muito conectada, olhando muito uma para outra. Então, o público pode contar com cenas feitas com muito carinho, muita vontade". 
Além de mexer com o coração de Luna, o retorno de Maria Navalha afeta toda a trama do folhetim, já que a cantora se envolveu com César Montebello (Leopoldo Pacheco) no passado, com quem teve Luna. Além disso, ela tem uma amizade com o Cata Ouro (Hilton Cobra) e Seu Lampião (Ary Fontoura) e viu Merreca (Ruan Aguiar), o bandido da região do bairro de Fátima, crescer. "Ela movimenta todo o tabuleiro do jogo", avisa Olívia, que cita as relações da ex-cantora com os outros personagens da novela. 
"Tem o César, a Bebel (Lilia Cabral), a Preciosa (Marina Ruy Barbosa). A Bebel que já sabe que Luna é filha do César. Quando a Maria volta, ela vê que as duas já se conhecem e que a Luna está mais próxima da família do pai do que ela podia imaginar. Tem o Lampião que é um parceiro de vida, amigo, confidente, e que também está muito magoado, porque a Maria não compartilhou nada (sobre seu desaparecimento) com ele. Tem o Domingos (Deo Garcez), o Nero (Edson Celulari) que se aproximou da Luna e a ajudou. Tem a Fuzuê que foi onde ela (Maria Navalha) desapareceu e desencadeou toda essa história da busca do tesouro. Ela também tem carinho pelo Merreca e percebe nele uma possibilidade de volta", continua Olivia.
Questionada sobre a inimizade entre Maria Navalha e Rejane Miranda (Walkiria Ribeiro), a atriz se diverte. "Tem essa rivalidade que foi se criando ao longo do tempo, por desentendimentos bobos. E durou 30 anos", diz. Em cenas previstas para irem ao ar no início de outubro, as duas após tanto tempo devem colocar os pontos nos 'is' e podem fazer as pazes. "É uma conversa que ficou parada durante 30 anos e agora com a volta da Maria Navalha sai", comemora a artista.
Mas afinal, nesse retorno, Maria Navalha deve encontrar esse tão desejado tesouro? Olivia faz mistério. "Enquanto ela estava procurando, sabia que tinha outras pessoas interessadas, mas ela não sabia o quanto e quem eram essas pessoas. Quando ela volta, descobre tudo o que está acontecendo. Eu desejo do fundo do meu coração que ela encontre esse tesouro. Mas o tesouro mais importante ela já encontrou e isso eu posso dizer", comenta a artista, que dá um spoiler: a mãe de Luna voltará a cantar em breve.
"Ela volta a cantar, sim. É uma coisa que o artista tem, quando ele não está no palco, ele está fragilizado. Quando ela deixa de cantar, ela se entristece, se apaga a luz dela. E a filha cobra dela, a mulher que ela era de volta, que força, que não se abala, que mesmo com as coisas dão errado, ela está firme".
Feliz com o novo desafio profissional
Cheia de nuances e mistérios, Maria Navalha é uma personagem desafiadora, segundo Olivia. "É difícil, desafiadora, mas ao mesmo tempo é muito interessante para uma atriz ter um personagem tão diverso. Tão rico, com tantas nuances. O símbolo que eu escolhi para a Maria Navalha é o coração. Acho que ela tem o coração pulsando em todas as partes do corpo. Ela é uma mulher efervescente", afirma.
Pela primeira vez, a atriz interpreta uma cantora. "Faço aula de canto há muito tempo, já cantei em peça, mas nunca fiz um personagem que é uma cantora. Tem essa coisa da dança, que sempre foi mais próximo a mim, mas agora voltei a ter aula de dança de salão. Ela é uma mulher que põe fogo no palco. Preciso dessas referências pra entregar isso para o público. Está sendo muito gostoso fazer", celebra. 
A artista também cita os pontos em comum entre ela e Maria Navalha. "O amor pela liberdade. Eu gosto da minha liberdade de pensar, de ir, vir, prezo por ela. E a Maria tem isso. Maria Navalha está me dando mais coisas do que estou dando a ela. Tenho aprendido muito".
Beleza
Rainha da loja "Fuzuê" no passado, Maria Navalha sempre foi um ícone de beleza. "Ela é uma mulher que assume suas vontades, seus desejos e sua beleza para além de um padrão. Ela tem a beleza dela, reconhece isso e está feliz. Por isso no concurso da 'Fuzuê' ela coloca o biquíni quando está todo mundo de maiô. Ela é a vontade com ela, com o corpo dela, a beleza dela. Ela se sente essa mulher exuberante e passa para as pessoas esse impacto", opina Olívia, que tem curtido sua caracterização da personagem. "Estou me vendo cabeluda", diverte-se.
Na vida real, a atriz usa o cabelo bem curtinho e não tem problemas em mudar o visual de acordo com seu estado de espírito. "Sou uma pessoa que adoro o cabelo curtinho, tive o cabelo comprido até os 15 anos, depois, cortei. Me sinto bem com essa imagem que tenho. Nós mulheres, somos muito múltiplas e a gente pode tudo sem se preocupar com o julgamento. Posso colocar uma lace (peruca) e ficar com o cabelo comprido, sem problema nenhum. Aquele dia vou ficar feliz, me sentir bonita, e no outro dia vou me sentir bonita com meu cabelo curtinho. E isso não interfere no meu feminino em nada. O dia que quiser usar uma maquiagem mais presente, vou usar, o dia que não, tudo bem também. A gente pode tudo. É uma liberdade que a gente conquistou", destaca. 
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