Ivan Moré comanda o Qualé, Moré?, na RedeTVDivulgação / RedeTV!
Publicado 14/03/2024 06:00 | Atualizado 14/03/2024 09:49
Rio - Após quatro anos, Ivan Moré está de volta às telinhas no comando do programa esportivo "Qualé, Moré?", da RedeTV". Na atração, exibida ao vivo de segunda a sexta-feira, às 11h50, o apresentador analisa os jogos ao lado de Marcos Assunção, mostra os bastidores do mundo da bola, aborda assuntos que ganham destaque na internet e reedita quadros que fizeram sucesso como "Carona do Ivan Moré'. O jornalista é só felicidade com o novo momento profissional e revela que estava com saudade do 'universo televisivo'.  
"Sempre tive vontade de voltar para a TV, porque eu comecei no rádio com 14 anos e na televisão eu entrei com 22, 23 anos e fui muito feliz. Eu me sinto um bichinho de TV mesmo, toda vez que eu estou exposto numa câmera ou que eu ia para alguns programas de TV e observava aquela infraestrutura. Eu sempre pensava: 'nossa, eu podia ter um programa na TV de novo, né?' Então, isso aconteceu e eu estou muito feliz com esse momento e com o convite que a RedeTV! fez", afirma. 
O comunicador, inclusive, se sente confortável em fazer um programa diário ao vivo. "Preciso confessar que o frio na barriga que eu tenho é para o projeto como um todo. Estar ao vivo na frente das câmaras é o que me deixa confortável, eu adoro", admite.
E em um programa ao vivo, imprevistos acontecem. Logo na estreia, na última segunda, uma falha técnica surpreendeu: o chroma key - fundo verde do cenário - ficou visível para os telespectadores durante um momento. Na ocasião, Ivan encarou o erro com bom-humor e compartilhou em suas redes sociais uma publicação que dizia: "Assunção mandou avisar. Não era chroma Key, gente, é só pra lembrar que o Palmeiras é o líder geral do Paulistão". 
Bem recebido pela equipe da RedeTV!, Moré revela que a liberdade criativa foi o que o motivou a aceitar a proposta de trabalhar na emissora. "Tanto dentro da telinha quanto fora dela. E é exatamente o conteúdo que me atrai mais. O fato de você ter liberdade editorial para propor inovação, criatividade e uma nova maneira de comunicar esporte de segunda a sexta acaba sendo muito desafiador para mim. A gente, inclusive, negou outras três propostas que surgiram nesse início de ano para apostar nessa ideia da RedeTV! e eu estou muito feliz", reforça. 
Nos próximos programas, o público poderá conferir duas entrevistas de Ivan com o Rodrygo, jogador do Real Madrid e atacante da Seleção Brasileira, e Marquinhos, zagueiro do Paris Saint-Germain. As matérias estão cheias de curiosidades e momentos marcantes. 
'Teve um desgaste'
Após 20 anos, Ivan deixou a TV Globo em 2019. Na emissora, ele apresentou programas como "Esporte espetacular" e o "Globo Esporte". Neste período fora da televisão, o jornalista admite que as pessoas pediam seu retorno. "Fico muito feliz pelo fato de as pessoas pedirem a minha volta, e esses pedidos normalmente aconteciam nos encontros que eu tinha no dia a dia com algumas pessoas e, normalmente, pelo digital, a gente recebe muitas mensagens inbox de pessoas pedindo para a gente voltar", comentou. 
Ele também comenta a decisão de se afastar da televisão, influenciada pelo estresse e pelo tempo de casa. "Confesso que teve um desgaste, eu me senti até um pouco estressado dentro de um ambiente de TV. Quando eu tive a oportunidade de viver esse período fora, eu investi em outros segmentos da minha vida que eu tinha muito pouco desenvolvido, como o pessoal. Precisava entender quem era o Ivan, longe de uma grande emissora, entender se o Ivan, de fato, tinha vida própria e brilho próprio, sem um grande sobrenome de uma corporação na extensão do meu nome. Isso tudo me proporcionou uma certa maturidade em relação a quem sou eu, o que eu posso contribuir, outros assuntos que eu desenvolvi e segmentos do mercado que eu sequer sabia que existia. Eu passei a ter que desenvolver e aprender para colocar em prática, porque eu passei a ser empreendedor", completou.
Momentos marcantes na carreira
Com mais de duas décadas de carreira, Moré apresentou programas na TV Globo, participou da cobertura de quatro Copas do Mundo e três Olimpíadas, doze grandes prêmios de Fórmula 1 e Mundiais de Basquete. Ao longo dos anos, o jornalista viveu esses e muitos outros momentos marcantes, bons e difíceis, e cita alguns deles. 
"Talvez eu começaria com algo que me marcou, do ponto de vista emocional, por conta do nível de concentração que me exigiu. A estreia no 'Esporte Espetacular' justamente no dia da tragédia da boate kiss (que tirou a vida de 242 jovens em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2013), em que nós ficamos expostos a mais de seis horas no ar. Um dia em que era para falar de esporte, superação, união da família, no domingo de manhã, e nós ficamos noticiando uma das maiores tragédias da história recente do Brasil", recordou. 
"Foi um dia muito impactante, aconteceu de uma maneira imprevista, porque a gente estava preparado para apresentar o programa, mas o que repercutia eram só as notícias dos mortos de Santa Maria, então foi algo que me marcou e que, assim, eu trago uma lembrança muito triste do que aconteceu. Felizmente, do ponto de vista profissional, a gente conseguiu entregar um bom material e informar a população sobre a gravidade do que acontecia", completou.
Ivan também relembra outros momentos emblemáticos. "Entrevistas exclusivas com Michael Phelps, duas partidas de tênis que eu brinco com as pessoas que marcaram minha vida, porque talvez eu seja o único jogador não profissional de tênis no mundo que teve a oportunidade de jogar uma partida com Roger Federer e uma com Rafael Nadal", conta Moré, acrescentando outros encontros marcantes: "O fato de ter conhecido o Pelé - que morreu aos 82 anos, em 2022 -, de ter acompanhado muito de perto o início da carreira do Neymar, de ter tido uma proximidade muito grande em entrevistas exclusivas com, para mim, talvez o maior jogador que eu vi atuar na história, que é o Ronaldo Fenômeno".
"São situações que a gente não apaga, sem contar a rotina de produção de conteúdo diária na TV, com os desafios, com a criatividade que a gente tinha que ter para reformular a linguagem do esporte na TV brasileira, algo que a gente fez lá no passado. Tudo isso, misturado, faz com que eu tenha uma ligação muito forte com essa memória afetiva dos grandes momentos do esporte", finaliza.
Publicidade
Leia mais