Zileide Silva Reprodução de vídeo / TV Globo
Publicado 02/04/2024 09:23 | Atualizado 02/04/2024 09:39
Rio - A jornalista Zileide Silva falou sobre seu transplante de córneas e agradeceu aos familiares dos doadores durante uma reportagem exibida no "Jornal Nacional", da TV Globo, nesta segunda-feira. A profissional precisou passar pelo procedimento após ser diagnosticada com ceratocone, doença degenerativa que afeta a córnea e leva a um embaçamento na visão.
A importância da doação de órgãos foi abordada em uma reportagem sobre um aplicativo que vai ajudar as pessoas a se declararem doadores. "A partir de amanhã à tarde, quem quiser manifestar essa intenção vai poder registrar a doação no aplicativo ou no site www.aedo.org.br. Isso vai permitir que o Sistema Nacional de Transplantes acesse a autorização, que poderá ser apresentada à família, comprovando o desejo do doador. Isso pode ajudar na decisão dos familiares", afirmou Zileide. 
"Eu, Zileide, sou transplantada e agradeço às famílias que numa hora extremamente difícil concordaram em doar as duas córneas que tenho hoje", completou. 
Essa não é a primeira vez que a jornalista fala sobre o transplante. No "Jornal Hoje", em 2019, ela já informou aos telespectadores sobre sua doença. "Eu tive ceratocone nos dois olhos, precisei do transplante e sempre agradeço às duas famílias que concordaram com a doação. É, sem dúvida, um ator de amor e vida que segue", disse ela na época. 
Câncer de mama 
Zileide foi diagnosticada com câncer de mama durante a pandemia. Em entrevista ao "Papo de Segunda", do GNT, em 2021, a jornalista fez um desabafo sobre a doença e comentou a experiência do tratamento de quimioterapia. Ela já recebeu alta dos médicos.
"Não vou negar, durante todo o processo, dá muito medo, muita raiva, (você se pergunta): 'por que isso está acontecendo comigo'? Não é um tratamento fácil, a quimioterapia é extremamente complicada, te deixa para baixo, meio insegura. Mas aí, sou meio Poliana mesmo. Tinha essa certeza que ia superar mais essa", afirmou. Sobre a descoberta da doença, ressaltou: "dá um medo. Essa é uma notícia que ninguém quer receber, o câncer. Durante muito tempo, nós nem falávamos essa palavra, a gente falava: 'Ah, tem uma doença' ou 'Tem um problema'", disse. 

"Tem esse medo de câncer quase ser um sinônimo de morte. Dá um terror de como enfrentar isso, só que a gente tem uma corrente de amigos, família e médicos. Tinha essa torcida organizada falando comigo: 'Opa, vamos aí, levanta! Pode chorar hoje, mas levanta, sacode a poeira, vamos enfrentar tudo o que for necessário'. É bem isso o que acho muito importante, seguir a orientação dos médicos. Eles sabem o que estão fazendo. O início tem muito medo, depois uma certa raiva, o incômodo do tratamento e aí, bola para frente, vamos superar mais essa, vamos tocar o barco", finalizou. 
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