Raça Negra 40 anos de históriaRenato Pizzutto / TV Globo
Publicado 05/06/2024 13:37 | Atualizado 05/06/2024 13:51
Rio - Quem não conhece o refrão de 'Cheia de Manias' do Raça Negra? O grupo começou nos anos 80, com um som considerado 'pra lá de diferente' na época, o pagode. São 40 anos de trajetória, que ganha uma homenagem nesta quarta-feira (5), no programa Som Brasil da TV Globo, apresentado por Pedro Bial.
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Originado a partir do samba, que ganhava cada vez mais popularidade, o grupo da Zona Leste de São Paulo foi encaixando a sua maneira de colocar composições carregadas de romantismo em harmonia com os sons de instrumentos como surdo e pandeiro.

“Acho que é um som próprio. Eu não sei o que é ‘Raça Negra’, só sei que pegamos a música e tocamos do nosso jeito, no nosso ritmo”, revela Luiz Carlos, vocalista, em entrevista concedida a Pedro Bial no ‘Som Brasil’ que vai ao ar após a novela ‘Renascer’.

O programa vai mostrar histórias que traduzem seu sucesso, como um show em São Paulo, em 1995, no Vale do Anhangabaú, que reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas, e a entrada da música ‘Tarde Demais’ no Guinness Book daquele mesmo ano por tocar, num único dia, seiscentas vezes nas rádios. O ‘Raça Negra’ inspirou gerações seguintes de músicos e grupos do mesmo estilo, transformando a cena.

Luiz Carlos se senta com Pedro Bial para uma conversa solta em que é possível conhecer detalhes nunca contados dessa carreira. O vocalista recorda a infância, o trabalho anterior à música, num jornal, e, finalmente, o surgimento do ‘Raça Negra’.
“Para a escolha do nome, depois do futebol a nossa resenha era num bar. Estávamos lá e falei ‘escrevam no papel um nome para a banda, e alguém escreveu ‘Raça Negra’", contou.
Imagens inéditas dessa época, bem como dos primeiros shows, são resgatadas no especial. Outros assuntos são as parcerias musicais com outros artistas, como Roberto Carlos e Cazuza, e encontros com Jorge Ben Jor, Tim Maia e Pelé; projeção internacional; referências e ídolos, como Neguinho da Beija-Flor e Alcione; e as histórias de algumas composições, a exemplo “Cheia de Manias”, que tem um solo de violino inspirado na nona sinfonia de Beethoven.
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