Giovanna Ewbank se emociona ao refletir sobre racismo: ’Muito doloroso’Reprodução de vídeo
Publicado 23/07/2024 08:05
Rio - Giovanna Ewbank, de 37 anos, se emocionou ao refletir sobre o racismo, na noite desta segunda-feira (22), durante sua participação na estreia do programa "Sábia Ignorância", do GNT. A apresentadora, que é mãe de Títi, 11, Bless, 9, e Zyan, 4, relembrou a chegada da primogênita e o quanto isso mudou a sua maneira de enxergar o preconceito racial. 

"Além do 'maternar' [maternidade] e do amor, tem o fato dela [Títi] ser uma menina preta. Então, eu conhecia o racismo, mas era uma mulher branca que achava que sabia o que era até me aprofundar e entender de fato. Essa era uma ignorância que eu tinha sobre o racismo e eu me culpo muito, de não ter me aprofundado antes da chegada da minha filha. Para mim é dolorido pensar que a minha filha teve que chegar para eu ter que me interessar e querer me aprofundar sobre o assunto. É uma ignorância que não é sábia", iniciou Giovanna.
Publicidade

O psicanalista Christian Dunker, outro convidado da atração, explicou como as crianças fazem os pais se aprofundarem em alguns assuntos antes inexplorados. "Esse começo radical de ignorância que eles trazem para a gente é o que faz com que a gente ame mais ainda e se aventure nesse mar de tubarões. Eu não sei, você não sabe e a gente vai descobrir juntos".

Durante o bate-papo com a apresentadora Gabriela Prioli, Gio contou que ela lida com o racismo trazendo as próprias vivências antigas e atuais. De acordo com ela, as mudanças positivas começaram dentro do próprio lar. "A minha família inteira mudou uma visão que vem de uma educação racista. Todas as pessoas ao meu redor têm a visão de que o racismo é esmagador, é cruel. E essas pessoas também têm a vontade de mudança, é um trabalho de formiguinha e com muito amor, para tocar o máximo de pessoas possíveis", contou. 

A apresentadora também revelou como a maternidade mudou alguns aspectos da sua vida. "Hoje sou uma grande medrosa. Ontem meus pais saíram com meu filho pequeno e não responderam durante quatro horas. Eu queria pegar um táxi e ir atrás deles. Hoje eu tenho escrito, caso eu morra, o que vai acontecer. Hoje eu tenho muito medo da morte".

Leia mais