Rebeca Andrade fala da atual fase na carreira e relembra lesão: Fiquei muito tristeReprodução de vídeo
Publicado 31/08/2024 09:31 | Atualizado 31/08/2024 09:32
Rio - Rebeca Andrade, de 25 anos, foi a convidada do "Conversa com Bial", da TV Globo, desta sexta-feira (30). Ao lado de sua psicóloga, Aline Wolff, a ginasta falou da importância da terapia para superar as dificuldades na carreira, incluindo quando teve a primeira lesão no joelho, aos 16 anos. Além disso, a jovem comentou sobre a atual fase profissional, que considera 'um dos melhores momentos' da vida.
Publicidade
"Estou vivendo um dos melhores momentos da minha vida, sendo considerada uma das atletas mais condecoradas do meu país e eu quero continuar sendo feliz. Os objetivos continuam sendo construídos com o passar do tempo. Vivi um momento muito importante e ainda tenho muitas competições importantes esse ano, depois vem as minhas férias", falou a ginasta, que conquistou uma medalha de bronze por equipes, duas de prata e a tão sonhada medalha de ouro no solo, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Durante o bate-papo com Pedro Bial, ela contou como lidava com a terapia no início. "Não entendia muito, lá em Guarulhos eu tive um contato com a Cintia, mas eu realmente não lembrava e não sabia como funcionava. Quando comecei com a Aline, fui aprendendo aos poucos qual era o trabalho de uma psicóloga, mas não foi tão fácil. Eu era bem fechada e contava as coisas só para minha mãe, no máximo para a minha irmã. A Aline foi me descascando, criando uma relação com a atleta", revelou Rebeca.

A ginasta ressaltou que somente com a terapia aprendeu a não se cobrar tanto durante as competições. "Eu me autoelogio bastante. Mesmo que eu tenha algum erro, eu continuo me incentivando. Isso é muito legal, porque foi muito difícil de ser conquistado. Eu me colocava muito para baixo, me cobrava muito quando errava", disse.

Em outro momento, a campeã olímpica relembrou quando rompeu o ligamento do joelho pela primeira vez, aos 16 anos. "Eu tinha trauma, não conseguia falar sobre a lesão. Sempre que a Aline tocava no assunto, eu desconversava. Fiquei muito triste e decepcionada comigo por saber do meu potencial, e toda vez que eu estava quase lá, acontecia alguma coisa. E aquilo me machucava muito então eu não queria falar sobre isso. Mas aí a Aline deu uma 'apertadinha' e eu passei a falar sobre e as coisas começaram a melhorar. Eu comecei a lidar de uma maneira melhor com as minhas lesões. Por isso que hoje eu posso falar: 'eu vejo minhas lesões como algo positivo. Foi horrível me machucar, eu não gostei. Não quero que aconteça de novo mas eu aprendi muito com elas. [Aprendi] a me respeitar, entender o meu corpo, saber mais sobre mim e as minhas prioridades", frisou Rebeca, que em seguida recebeu aplausos da plateia.
Leia mais