Publicado 10/12/2022 09:07
Rio - O advogado Bernardo Braga Pasqualette passou os últimos anos estudando e investigando um dos crimes mais famosos do Brasil: o assassinato de Daniella Perez. No livro "Daniella Perez — Biografia, crime e justiça" (Ed. Record. R$ 79,90), o autor faz um perfil biográfico da atriz e uma minuciosa análise do crime que a vitimou.
Escrito sob a forma de uma reportagem literária, o trabalho se valeu majoritariamente de fontes primárias, além de terem sido analisadas inúmeras reportagens sobre a investigação criminal, o julgamento e a execução das penas dos condenados, além do processo que os condenou por homicídio duplamente qualificado.
O livro é dividido em três partes. A primeira mostra a trajetória de Daniella Perez, desde seu nascimento até o sucesso como atriz na novela "De Corpo e Alma", que foi o terceiro folhetim do qual participou e responsável por alçá-la ao estrelato.
A segunda parte aborda o assassinato de Daniella e a forma sensacionalista como foi tratado, além também da busca de Gloria Perez por justiça e a descrição do julgamento dos assassinos. Na terceira parte o autor relembra outros feminicídios e analisa o caso de Daniella Perez sob esse prisma.
O Crime
A atriz e bailarina Daniella Perez, filha da escritora Glória Perez, foi assassinada aos 22 anos, no dia 28 de dezembro de 1992. Na época, Daniella era casada com o ator Raul Gazolla e brilhava na novela "De Corpo e Alma", de autoria de sua mãe, na TV Globo. Ela interpretava a personagem Yasmin e Guilherme de Pádua dava vida a Bira, seu par romântico.
A atriz foi encontrada em um matagal na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, com 18 perfurações, sendo que oito golpes atingiram o coração. Horas após a morte de Daniella, Guilherme chegou a consolar a mãe e o marido da atriz. Ele e sua então mulher, Paula, foram condenados pelo crime.
Julgados por homicídio duplamente qualificado, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados a 19 anos e 18 anos e meio de prisão, respectivamente. O casal se separou logo em seguida. Ambos deixaram a cadeia antes de completarem sete anos em regime fechado, em 1999.
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