Dandara MarianaMarcio Farias/Reprodução
Por Gabriel Sobreira
Publicado 01/03/2020 10:05

Gostar de um cara que tem olhos para outra e brigar com uma mulher por causa de homem? Só se for na ficção mesmo. "Evito passar por isso. Não precisamos, né? Nós, mulheres, precisamos nos amar primeiro, para cobrar respeito e saber se impor. Com o sentimento é a mesma coisa. Se bem que ninguém manda no coração, vai que um dia...", pondera a atriz Dandara Mariana, 31 anos, que faz mistério quanto ao estado civil dela. "Vou deixar o povo curioso", despista, aos risos.
Em 'Salve-se Quem Puder', novela da Globo, Dandara interpreta Bel, que vive um triângulo amoroso e, ontem, se voltou a brigar com Alexia/Josimara (Deborah Secco) por causa de Zezinho (João Baldasserini). Bel é uma mulher que corre atrás dos objetivos dela, segura, independente e justamente se apaixona por um cara que é capaz de beijá-la só para provocar ciúmes em outra que ele gosta.
SEM RIVALIDADE
Se Dandara fosse amiga da personagem, a atriz tem na ponta da língua o que falaria para ela. "Diria: 'desencana de ir atrás de homem e ficar arranjando rivalidade com mulher! Quando é pra ser, naturalmente acontece. E ele não é o último homem do mundo. Nós, mulheres, não precisamos criar intrigas entre nós. Eles que lutem!'", frisa.
Entre semelhanças e diferenças, Dandara conta o que tem em comum (ou não) com a personagem. "Tenho a determinação dela, mas não da maneira como a Bel faz. Posso chegar e tomar atitude se me interessar, mas tudo começa com uma troca de olhares e boa conversa. Bel é atirada. Eu não me jogo assim", revela, aos risos.
FOLIA
Fã de Carnaval, a carioca conta que está com dificuldade de se despedir da folia. "Quem dera que durasse o ano inteiro. Se bem que não teria graça, não haveria tanta expectativa. Eu simplesmente amo o Carnaval. Vivo intensamente esta festa, acompanhei de perto tudo", conta ela, que desfilou como musa da comissão de frente da Unidos de Padre Miguel (Série A, escola que ficou em 2º lugar este ano) e em um carro do Salgueiro (que ontem estava no Desfile das Campeãs).
"Foi emocionante! Vir como destaque central em uma comissão de frente foi o sonho mais incrível que poderia imaginar. Vim representando a 'ginga', no enredo da Unidos de Padre Miguel sobre a origem da capoeira, do Fábio Ricardo. Ficamos em segundo lugar, com notas dez no quesito de comissão. Brinco dizendo que recebi na Avenida o prêmio que não levei no 'Dança dos Famosos' (risos). Já quero repetir essa experiência de novo", indica bem humorada a atriz, que para dar conta da folia intensificou os treinos de crossfit e corrida na areia da praia.
No desfile da Vermelho e Branco da Tijuca, Dandara conta que foi igualmente emocionante, já que a agremiação homenageou Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do país. "Quantos não sabiam disso e passaram a conhecer depois do desfile do Salgueiro? A gente precisa falar mais sobre a importância do carnaval para a nossa cultura, para o resgate que ele promove", defende ela, que veio no último carro ao lado de nomes como os atores Romeu Evaristo (pai de Dandara) e Flávio Bauraqui, entre outros. "Na frente do carro, uma ala homenageava Grande Otelo, Tião Macalé, Mussum. Foi lindo", acrescenta.
DNA
A relação da artista com a festa do Rei Momo é de família. "Minha mãe adora ir ao Boitatá e minha família tem a cultura de aprender os sambas e depois analisar que enredo é legal. Me lembro que me fantasiava de baianinha para ir ao Tijuca Tênis Clube. Ano passado aproveitei muito. Emendava um bloco no outro e me diverti sem limites", lembra ela, que foi passista da Grande Rio por dois anos.
Questionada se aceitaria convite para se tornar rainha de bateria de alguma agremiação, Dandara não esconde a alegria em assumir o posto. "Seria lindo, representar a dança nesse lugar", revela.

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