Outubro Rosa conscientiza sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mamaReprodução da internet
Publicado 20/10/2024 05:00
Rio - O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres e, nos últimos anos, tem afetado um número crescente de jovens. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 66 mil novos casos no Brasil em 2024, com o diagnóstico entre mulheres com menos de 40 anos se tornado mais frequente. Com esse aumento, cresce a necessidade de conscientização e ações preventivas para enfrentar essa preocupação de saúde pública.
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A Dra. Flávia Mambrini, ginecologista, enfatiza a gravidade dessa tendência. "O câncer de mama, antes associado a mulheres mais velhas, está se tornando cada vez mais comum em mulheres jovens. O que era considerado raro nessa faixa etária agora é uma realidade preocupante. As mulheres precisam se informar e fazer consultas regulares para garantir uma detecção precoce", orienta. "Quando identificada cedo, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores", explica a médica.
A arquiteta Luciana Nogueira relata como enfrentou o câncer de mama, descoberto aos 38 anos, e a importância de seguir o tratamento até o fim. "Você fica muito debilitada, mas eu também fui orientada por uma nutricionista. Eu fazia tudo direitinho. Em toda sessão de quimioterapia, eu tinha que fazer exame de sangue para verificar se as taxas estavam boas. Eu não tive problema de atrasos no tratamento", conta.
Ela também destaca o retorno das atividades profissionais após o tratamento. A aparência foi uma das preocupações da arquiteta. "Você ainda têm limitações, a quimioterapia às vezes altera um pouco a memória e a agilidade de pensamento. Tem a questão da aparência também, né? Porque tem aquele voltar do cabelo, ele volta um pouquinho esbranquiçado e numa textura diferente, tem toda uma questão aí", diz.
A dermatologista Dra. Natassi Pizani explica que durante a quimioterapia o cabelo pode sofrer algumas alterações. "Muitos quimioterápicos alteram brutalmente o ciclo capilar. A agressão é tamanha, que até os fios em fase de crescimento (fase anágena) se desprendem. Uma possibilidade, dependendo do tipo de tratamento, é utilizar a touca de resfriamento, um equipamento utilizado para reduzir a queda de cabelos durante a quimioterapia. A touca é revestida com um gel térmico que estreita os vasos sanguíneos do couro cabeludo, diminuindo o fluxo de sangue e a quantidade de quimioterapia que chega aos folículos capilares". 
A cabeleireira Tatiana Araújo comenta que é possível recuperar os fios. "A recuperação capilar após o tratamento de câncer de mama exige paciência e cuidados especiais. Cada pessoa reage de uma maneira, mas o importante é lembrar que o cabelo volta a crescer com o tempo. Produtos suaves e tratamentos que estimulem o couro cabeludo, além de evitar procedimentos químicos agressivos nos primeiros meses, são essenciais. O acompanhamento de um profissional pode ajudar a acelerar esse processo e restaurar a autoestima."
Diante do aumento de casos, a mensagem de todos os especialistas é clara: a prevenção é o melhor caminho. Manter hábitos saudáveis, realizar exames regulares e estar atento aos sinais do corpo são medidas essenciais para enfrentar o câncer de mama, independentemente da idade. "A saúde da mulher deve ser prioridade, e a detecção precoce salva vidas", finaliza Dra. Flávia Mambrini. 
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