Publicado 13/10/2022 10:00
Olá, meninas!
Hoje vamos falar sobre um problema que preocupa quase todas as famílias do país, o excesso do uso de celulares e jogos eletrônicos pelos jovens e crianças. Essa prática pode ser muito prejudicial e causar danos no desenvolvimento dos nossos pequenos. Mas como os pais podem monitorar e colocar regras no uso dessas tecnologias? Esse é um grande desafio! Eu tenho um pré-adolescente em casa também e sei bem como é difícil essa missão.
O psiquiatra da UFRJ, Ervin Cotrik, que é especialista no assunto, explica que o consumo de jogos eletrônicos vem crescendo, principalmente na população jovem. No Brasil, 75 milhões de brasileiros fazem uso de jogos eletrônicos, que representam uma das principais formas de diversão para crianças e adolescentes.
“Os jovens brasileiros gastam em média 15h por semana com jogos eletrônicos. O vício em jogos eletrônicos, online ou offline, se transformou em um distúrbio de saúde mental. O transtorno pode gerar um pior desempenho na escola/trabalho e maior impulsividade. Estudos mostraram também risco de agressividade, sedentarismo, sintomas depressivos/ansiosos, problemas de postura, perda de massa muscular, dores no corpo e até mesmo lesões por esforço repetitivo”, explica o psiquiatra.
O especialista ensina como os pais podem buscar o equilíbrio e ajudar os filhos a evitar os transtornos gerados pelo uso das tecnologias. “É importante que os pais estabeleçam um limite e incentivem os filhos a praticarem outras formas de lazer. Nesse sentido, fazer amigos, promover atividades em grupo, praticar esporte, ler livros e iniciar novos hábitos são algumas orientações para ajudar os pais a buscarem alternativas aos jogos eletrônicos”.
A Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou em 2020 o Manual de Orientação #MenosTelas #MaisSaúde, que oferece a pais e responsáveis orientações sobre o uso de telas e internet por crianças e adolescentes. Seguem as principais dicas do documento:
- Evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente;
- Limitar o tempo de telas ao máximo de uma hora por dia, sempre com supervisão, para crianças com idades entre dois e cinco anos;
- Limitar o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão, para crianças com idades entre seis e 10 anos;
- Limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, sempre com supervisão e nunca "virando a noite" jogando, para adolescentes com idades entre 11 e 18 anos;
- Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir;
- Oferecer como alternativas: atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável;
- Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar;
- Encontros com desconhecidos online ou offline devem ser evitados; saber com quem e onde seu filho está, e o que está jogando ou sobre conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam) é responsabilidade legal dos pais/cuidadores;
- Conteúdos ou vídeos com teor de violência, abusos, exploração sexual, nudez, pornografia ou produções inadequadas e danosas ao desenvolvimento cerebral e mental de crianças e adolescentes, postados por cyber criminosos, devem ser denunciados e retirados pelas empresas de entretenimento ou publicidade responsáveis.
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