Publicado 20/11/2022 01:00
Hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, precisamos reforçar os debates sobre a desigualdade racial que vivemos no país. Muito mais do que isso. Essa realidade não pode ser lembrada apenas esse mês, ela deve ser uma luta diária de pessoas de todas as raças. O caminho é o respeito, o incentivo à cultura negra e às pautas antirracistas nas escolas, para semear essa semente nessa e nas próximas gerações. Um basta à discriminação, essa luta é de todos nós!
“Novembro é um mês de imersão para quem se ausentou no debate ou tentou driblar o fato de que, a cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil. Consciência negra é despertar o povo da inércia, porque o Brasil ainda é um país racista”, explica Carolina Morais, historiadora, mestra em História da África e CEO da The African Pride.
Ainda temos um longo caminho para combater o racismo e todas as iniciativas são importantes. Lutar contra a desigualdade, garantir os direitos da e preservar essa história que construiu quem somos hoje é urgente e necessário.
“Novembro é um mês de imersão para quem se ausentou no debate ou tentou driblar o fato de que, a cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil. Consciência negra é despertar o povo da inércia, porque o Brasil ainda é um país racista”, explica Carolina Morais, historiadora, mestra em História da África e CEO da The African Pride.
Ainda temos um longo caminho para combater o racismo e todas as iniciativas são importantes. Lutar contra a desigualdade, garantir os direitos da e preservar essa história que construiu quem somos hoje é urgente e necessário.
“O fim da escravidão não instituiu o fim do racismo, o direito à cidadania plena. Precisamos concluir esse processo, porque o Brasil não é um país dividido, brancos e não brancos convivem, embora uns com maiores privilégios. Para os negros, a consciência passa por outros lugares, como o de entender que sua história é anterior à escravidão. Que somos descendentes de civilização que foram escravizadas, somos descendentes de reis e rainhas que construíram impérios, moldaram culturas, inventaram tecnologias”, conclui Carolina.
Igualdade no mercado de trabalho
Igualdade no mercado de trabalho
Ações antirracistas se tornam urgentes e muitas empresas ainda caminham com passos lentos nesse quesito. É extremamente necessário tratar a pauta racial ao longo de todo o ano em ações efetivas para garantir a igualdade entre profissionais negros, brancos, amarelos e indígenas.
“A falta de lideranças negras dentro das empresas faz com que o avanço das pautas raciais nas organizações seja mais lento. Muito mais do que apenas falar sobre termos que não devem ser utilizados ou condutas que não são toleradas, é preciso rever as políticas de contratação", explica Deives Rezende Filho, especialista em ética, diversidade e inclusão, da Condurú Consultoria.
Um levantamento do Instituto Ethos mostra que pessoas negras ocupam apenas 4,7% do quadro de executivos nas empresas. Esse dado mostra que o número desses profissionais em cargos de liderança ainda está muito longe do ideal.
“As empresas também precisam investir mais em diversidade, pois só assim serão capazes de inovar mais e criar novos produtos e serviços. Isso sem falar na publicidade, que ainda não consegue se conectar com o público final consumidor brasileiro, que é composto majoritariamente por negros, mulheres e população de baixa renda e outros grupos marginalizados”, explica Alexandra Loras, ativista e autora do livro Vamos Falar de Racismo.
A beleza da pele negra
A pele negra possui características que são exclusivas, como o alto nível de melanina e colágeno, que evitam o envelhecimento precoce e a torna mais resistente ao sol. Mesmo com essas proteções naturais, a pele negra precisa de cuidados. Então, vamos realçar essa beleza?
“Por ter mais colágeno, a pele negra acaba sendo mais firme e resistente a rugas e linhas de expressão. Além de sofrer pouco com os efeitos do amadurecimento, essa pele aparenta menos celulite e flacidez de pele, por ser mais firme. No entanto, há mais propensão a manchas escuras, como melasmas e também se faz necessário redobrar o cuidado com queloides”, explica Aline Caniçais, dermatofuncional e fisioterapeuta.
Protetor solar - Graças à alta quantidade de melanina, a pele negra possui uma proteção natural. Por outro lado, ela não é suficiente para prevenir a região contra os danos dos raios solares. Por isso, é importante passar protetor solar todos os dias.
Pele macia - Ao mesmo tempo em que a pele do rosto produz mais sebo e oleosidade, a pele do corpo resseca facilmente. Por isso, uma dica é fazer uma esfoliação potente no banho em áreas como pés, joelhos e cotovelos, que costumam ser bem ressecadas, a fim de retirar as células mortas e impurezas, dando lugar a uma pele de melhor qualidade e mais suave ao toque.
BELEZA DA ALMA
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”. (Nelson Mandela)
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