Publicado 24/01/2023 08:00
Olá, meninas!
Essa semana, tivemos dois casos absurdos, que demonstram dois extremos de uma relação abusiva. De um lado, um casal jovem do reality BBB (Bruna e Gabriel), que em menos de uma semana tiveram um envolvimento que já demonstrava vários sinais de abuso (verbal, ameaças de violência, controle, persuasão). De outro lado, um jogador de futebol muito famoso, o Daniel Alves, foi preso acusado de estuprar uma mulher em uma boate na Espanha.
Até quando vamos contabilizar esses casos? São dois exemplos que envolvem pessoas muito famosas. Mas esses fatos são muito mais comuns do que muitos imaginam. A sensação é que não existem lugares seguros para as mulheres. Na maioria das vezes, elas sofrem em silêncio e tentam esconder esses abusos. Não existe mais espaço para esse medo. As mulheres devem ser respeitadas, protegidas e
“Os episódios fazem parte de um ciclo abusivo e da dinâmica de poder e controle. Abuso é abuso e não tem uma escala. Abuso acontece em todas as classes sociais, culturais, etnias, idades e continentes”, explica a psicóloga Ana Carla Laidley, que há 20 anos trabalha com mulheres que sofrem com relacionamentos abusivos.
E para ajudar a evitar essas situações, que em muitos casos são crimes, a psicóloga Ana Carla destaca alguns sinais de alerta e ensina como reconhecer esse tipo de relacionamento tóxico:
Envolvimento rápido - O abusador aparece forte no início do relacionamento, pressionado por um compromisso e afirma "amor à primeira vista". Muitas vezes, no início de um relacionamento, o abusador é muito charmoso, romântico e o amor é intenso.
Controlando o comportamento - Um parceiro governa completamente o relacionamento e toma as decisões. Isso inclui "verificar" a vítima, cronometrar uma vítima quando ela sai de casa, questionar a sobre os locais que ela frequenta. Eles também podem verificar o histórico de chamadas do telefone, seu e-mail ou histórico de buscas na internet. O abusador também pode controlar as finanças, a forma de vestir, de falar e para onde ir.
Uso da força no sexo - O abusador pode jogar ou segurar seu parceiro durante o sexo, pode pressionar o parceiro a fazer sexo, exigir sexo quando o parceiro está cansado, doente ou quando ele simplesmente não quer fazer sexo.
Culpa os outros - O abusador não assume a responsabilidade por seus problemas, culpando os outros (geralmente a vítima) por quase tudo.
Abuso verbal - O abusador diz coisas cruéis e prejudiciais à vítima, degradando, amaldiçoando, xingando. Fala que são estúpidas e incapazes de funcionar sem ele. Busca constranger e colocar a vítima para baixo na frente dos outros.
Ciúme extremo - O ciúme é um sinal de insegurança e falta de confiança, mas o abusador dirá que é um sinal de amor. Ele questionará a vítima sobre com quem ela fala, acusá-la de flertar ou ter ciúmes do tempo gasto com seus amigos, familiares ou filhos.
Isolamento - O abusador tenta manter a vítima longe de amigos e familiares, colocando para baixo todos que a vítima conhece. Pode, inclusive, impedir a vítima de ir ao trabalho ou à escola.
Se você sofre ou conhece alguém que passa por esse tipo de situação, procure ajuda. Não se cale e não aceite nenhum tipo de abuso ou manipulação. Ao menor sinal de agressão, busque sair desse ciclo. Um relacionamento amoroso deve proporcionar alegria e amor. Se te causa medo, dor e frustração, então isso não é bom para você.
Para saber mais sobre esse e outros assuntos é só me seguir no Instagram @gardeniacavalcanti. E não deixem de me acompanhar também no programa Vem Com a Gente, na TV Band, de segunda a sexta, a partir das 13h30. Espero vocês!
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