Boa memória: nutricionista explica a relação entre hábitos alimentares, a função cognitiva e ensina tudo sobre a Dieta MindReprodução
Publicado 08/05/2023 09:00
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Olá, meninas!
A correria do dia a dia é grande, não é mesmo? É difícil encontrar alguém que já não esquecido um compromisso ou tarefa. Ter uma boa memória é fundamental para o cotidiano. Afinal, precisamos lembrar que questões importantes quase sempre, onde guardamos objetos, manter a rotina pessoal e profissional em ordem, entre outras coisas. Mas muitas pessoas reclamam que andam esquecidas demais. Mas você sabia que a ajuda para a mente pode estar na alimentação?
De acordo com o nutricionista Lucas de Albú, existe uma relação direta entre hábitos alimentares e função cognitiva, e alguns alimentos ajudam a nos manter mais concentrados, melhoram a memória e podem prevenir diversos distúrbios neurológicos.
“O cérebro necessita de nutrientes para sua formação e manutenção das funções. Existem nutrientes específicos para cumprir diferentes papéis dentro da estrutura do cérebro. Importante lembrar que, não existem conclusões científicas que determinados alimentos isolados melhoram a memória, foco ou concentração. A principal recomendação nutricional é ter um padrão alimentar saudável todos os dias e manter uma alimentação equilibrada e variada”, esclarece.
Conheça o papel de alguns nutrientes que auxiliam na função cognitiva:
Carboidrato: A privação de carboidratos está diretamente ligada a falta de energia do corpo, fadiga, inquietação e falta de atenção, portanto, diminuindo o desempenho cognitivo. O ideal é que haja um consumo de carboidratos complexos. Alguns benefícios da ingestão de carboidrato são: ajuda na memória a curto prazo e no processamento rápido de informações, atenção e habilidade matemática.
Proteína: Participam das conexões das redes neuronais, servindo para construção de novas sinapses, processo necessário para comunicação entre os neurônios.
Gordura trans: Esse tipo de nutriente pode causar efeito reverso sobre o desempenho cerebral, já que pode contribuir para estado de demência, déficit de atenção, ansiedade e depressão.
Ômega 6 e 3: podem influenciar na habilidade dos neurônios em utilizar a glicose, auxiliando a concentração. Baixos níveis de ômega 3 podem causar problemas no aprendizado e motivação.
Vitaminas do complexo B: Essas estão associadas à produção de neurotransmissores responsáveis pela atenção e diminuição da excitabilidade. Além disso, a deficiência pode causar nervosismo e falta de energia.
Conheça os alimentos que ajudam a melhorar a memória:
Vegetais: As hortaliças concentram um mix de nutrientes que auxiliam no sistema nervoso. Eles apresentam ácido fólico, vitamina que resguarda a massa cinzenta e ajuda a reduzir o risco de demências. Ex: espinafre, couve, rúcula e brócolis.
Abacate: Rico em vitaminas B6,B12, C e E, além de selênio, luteína, colina e outros compostos importantes para os neurônios. Abacate é um alimento que possui gordura monoinsaturada, que protege as artérias, garantindo um bom fluxo sanguíneo para o cérebro. Outros que têm funções parecidas são: azeite de oliva, amêndoa, amendoim, castanhas, gergelim e óleo de canola.
Peixes: Salmão, atum, sardinha, arenque e cavalinha são ricos em Ômega 3, que atuam na conexão entre os neurônios.
Ovo: Excelente fonte de proteína. A gema do ovo especificamente, que muitas vezes é o vilão da história por possuir colesterol, está repleta de colina, uma das vitaminas do complexo B, que atua na memória.
Dieta Mind
Quem quer melhorar as funções cognitivas pode optar também pela dieta 'Mind'. Dieta que predomina nutrientes que garantem a melhor fluidez da ligação entre os neurônios, o aumento da plasticidade dessas células cerebrais e a diminuição da inflamação e da oxidação – ou seja, tudo que garante um bom funcionamento cognitivo.
“Essa dieta prevê o consumo de pelo menos três porções de grãos integrais (aveia, centeio, grão de bico, feijão, ervilha, quinoa, entre outros), uma porção de salada e uma porção de vegetal diariamente, junto com um copo de vinho. Os lanches devem incluir frequentemente oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas. Peixes são indicados no mínimo uma vez na semana, enquanto as aves são bem-vindas pelo menos duas vezes por semana”, destaca Lucas de Albú.
Nesse cardápio alimentar devem ser evitados alguns alimentos. “Como carne vermelha, manteiga, margarina, queijos, doces, fritura e fast food. Isso não significa que você deve cortar completamente os itens da sua lista, mas deve consumi-los com pouca frequência”, finaliza.
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