Publicado 13/03/2024 15:54
Nascida e criada no subúrbio carioca, em Madureira, a advogada Cláudia Franco sonhou quando ainda era adolescente, em seguir carreira na área de direito. Com uma criação simples, venceu os desafios e se tornou uma mulher de destaque no judiciário. Foi a primeira da família a escolher a advocacia e abriu caminho para que outros também seguissem essa profissão. Hoje ela é mestre e doutora em direito, tem pós-doutorado em educação e é professora há 25 anos, leciona no curso de direito civil na Universidade Federal do Rio de janeiro. Muito respeitada na área e com uma trajetória brilhante, Cláudia é uma mulher que inspira outras mulheres.
Autora de livros e diversos artigos científicos sobre direito urbanístico, imobiliário e civil contemporâneo, ela também na linha de pesquisa. Mas o lado profissional não se sobrepõe à Cláudia mãe e mulher de família que não foge das suas origens. Ela construiu a carreira com sacrifício, se agarrado às oportunidades e hoje deixa um recado importante para todas nós mulheres. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse mulherão? Confiram a entrevista completa!
Autora de livros e diversos artigos científicos sobre direito urbanístico, imobiliário e civil contemporâneo, ela também na linha de pesquisa. Mas o lado profissional não se sobrepõe à Cláudia mãe e mulher de família que não foge das suas origens. Ela construiu a carreira com sacrifício, se agarrado às oportunidades e hoje deixa um recado importante para todas nós mulheres. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse mulherão? Confiram a entrevista completa!
Conta um pouco da sua história?
Fui criada em Madureira. Sou casada, tenho uma filha e quatro irmãos mais velhos. Tive uma criação relativamente rígida, onde o estudo era algo muito relevante. De origem bem simples, fui ensinada a me importar com o crescimento intelectual. Meus pais me criaram com regras básicas e muito importantes da vida, como lealdade e respeito à liberdade de pensamento. Sempre via minha mãe lendo, isso me inspirou a gostar de ler e estudar.
Como decidiu ingressar na área do direito?
Aos 17 anos decidi que faria faculdade de direito, sem muito saber o que significava. Até então, ninguém em minha família era formado na área. Meu pai foi contra e considerava que, na ausência de uma tradição familiar no direito, seria um empecilho. De certa maneira ele tinha razão, mas fui construindo minha carreira com sacrifício e as oportunidades que surgiram. Não foi fácil. Hoje três sobrinhos são formados em direito e meu irmão mais velho é tributarista. Abri os caminhos. Atuo na área pública e privada, com foco especial no direito civil, onde me firmei como professora há 25 anos. Sou mestre e doutora em direito e tenho pós-doutorado em educação. Sempre afirmo que tenho duas profissões, sou advogada e exerço magistério superior. Sou professora concursada da Universidade Federal do Rio de janeiro.
Como é ser uma mulher de destaque na área do Direito?
Não me considero uma pessoa de destaque, mas creio que tenho responsabilidade em utilizar o direito como um instrumento para que realidade seja menos desfavorável. No geral, quando uma pessoa procura um advogado ela está no limite. Somos a última porta, portanto, essa porta tem que ser da esperança e do comprometimento ético de fazer o que há de melhor dentro dos limites que a lei nos condiciona. Sendo mulher, essa responsabilidade aumenta. Todas mulheres que atuam nessa área sabem das dificuldades que encontramos, como ocorre em qualquer profissão. Existem as desigualdades, contudo, não podemos negar que o judiciário brasileiro tem se esforçado em ações concretas que resultaram em substanciais mudanças. O setor vem contribuindo com as demandas femininas em diversas áreas, como por exemplo a campanha “A Justiça por Todas Elas”, lançada pelo CNJ, cujo objetivo é destacar que o Poder Judiciário entende que, para cada mulher, existe uma demanda diferente, mas para todas elas existe a Justiça.
Pode deixar um recado para todas as mulheres?
Com oportunidade efetiva, a mulher poder ser o que quiser, de dona de casa a presidente da República. Qualquer escolha deve ser respeitada e amparada pela sociedade. Meu recado é que a mulher não deve permitir qualquer ingerência sobre suas escolhas. Divorcie-se da cultura da super mulher que gera culpa e uma dívida impagável consigo mesma. O sucesso não está na conta corrente, está na satisfação e na felicidade que você possui em fazer algo, de se sentir realizada e com pertencimento as suas aspirações, sonhos e desejos.
Fui criada em Madureira. Sou casada, tenho uma filha e quatro irmãos mais velhos. Tive uma criação relativamente rígida, onde o estudo era algo muito relevante. De origem bem simples, fui ensinada a me importar com o crescimento intelectual. Meus pais me criaram com regras básicas e muito importantes da vida, como lealdade e respeito à liberdade de pensamento. Sempre via minha mãe lendo, isso me inspirou a gostar de ler e estudar.
Como decidiu ingressar na área do direito?
Aos 17 anos decidi que faria faculdade de direito, sem muito saber o que significava. Até então, ninguém em minha família era formado na área. Meu pai foi contra e considerava que, na ausência de uma tradição familiar no direito, seria um empecilho. De certa maneira ele tinha razão, mas fui construindo minha carreira com sacrifício e as oportunidades que surgiram. Não foi fácil. Hoje três sobrinhos são formados em direito e meu irmão mais velho é tributarista. Abri os caminhos. Atuo na área pública e privada, com foco especial no direito civil, onde me firmei como professora há 25 anos. Sou mestre e doutora em direito e tenho pós-doutorado em educação. Sempre afirmo que tenho duas profissões, sou advogada e exerço magistério superior. Sou professora concursada da Universidade Federal do Rio de janeiro.
Como é ser uma mulher de destaque na área do Direito?
Não me considero uma pessoa de destaque, mas creio que tenho responsabilidade em utilizar o direito como um instrumento para que realidade seja menos desfavorável. No geral, quando uma pessoa procura um advogado ela está no limite. Somos a última porta, portanto, essa porta tem que ser da esperança e do comprometimento ético de fazer o que há de melhor dentro dos limites que a lei nos condiciona. Sendo mulher, essa responsabilidade aumenta. Todas mulheres que atuam nessa área sabem das dificuldades que encontramos, como ocorre em qualquer profissão. Existem as desigualdades, contudo, não podemos negar que o judiciário brasileiro tem se esforçado em ações concretas que resultaram em substanciais mudanças. O setor vem contribuindo com as demandas femininas em diversas áreas, como por exemplo a campanha “A Justiça por Todas Elas”, lançada pelo CNJ, cujo objetivo é destacar que o Poder Judiciário entende que, para cada mulher, existe uma demanda diferente, mas para todas elas existe a Justiça.
Pode deixar um recado para todas as mulheres?
Com oportunidade efetiva, a mulher poder ser o que quiser, de dona de casa a presidente da República. Qualquer escolha deve ser respeitada e amparada pela sociedade. Meu recado é que a mulher não deve permitir qualquer ingerência sobre suas escolhas. Divorcie-se da cultura da super mulher que gera culpa e uma dívida impagável consigo mesma. O sucesso não está na conta corrente, está na satisfação e na felicidade que você possui em fazer algo, de se sentir realizada e com pertencimento as suas aspirações, sonhos e desejos.
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