O costume de beijar os pets é comum e possivelmente prejudicial aos humanos e animais Reprodução
Publicado 18/03/2024 23:09 | Atualizado 18/03/2024 23:15
Nós já sabemos que o carinho dos nossos filhos de quatro patas, às vezes, é o melhor remédio que existe. Afinal, o companheirismo e a fidelidade são características inquestionáveis dos pets. Mas será que os famosos “lambeijos” oferecem algum risco à nossa saúde? Vamos buscar entender porque as consequências desse hábito podem ser prejudiciais para o nosso bem estar e — até mesmo o dos nossos próprios bichinhos.

É comum associar os beijos à maneira mais fácil de fortalecer o relacionamento com os pets. Os cachorros costumam lamber os donos — ou qualquer pessoa que gostem — como uma forma de demonstrar afeição, um sinal de que já te reconhecem como parte da matilha deles.

Porém, de acordo com o médico veterinário Saul Quintans, é a partir daí que os riscos nascem. “Quando você permite que o seu pet lamba a sua boca, você está se expondo a riscos desnecessários. Existem bactérias que estão na boca dos cães mas não estão na nossa”, explica o especialista.

O veterinário alerta que as chances de uma infecção aumentam nas pessoas que possuem algum tipo de comorbidade ou predisposição à doenças: “Quando o animal lambe qualquer parte do seu corpo que esteja exposta, como uma ferida, dependendo da quantidade de bactérias que está presente na saliva que ele deixou ali, isso é um fator importante para que a infecção aconteça”

Um grande problema na cidade do Rio de Janeiro é a presença de duas doenças transmitidas por mosquitos que causam sérios prejuízos aos animais: a Leishmaniose e a Dirofilariose, também conhecida como “verme do coração”. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) apontam um aumento de 40% nas notificações da Leishmaniose canina em 2023. A doença tem risco potencial de mortalidade tanto para os animais quanto para os humanos.

A questão do cão com Leishmaniose é que além de desenvolver, o animal se torna um reservatório da doença, aumentando os riscos de infecção em nós humanos. “Usar uma coleira repelente é fundamental”, sugere Saul.

Cuidar da cavidade oral dos bichinhos também é uma dica valiosa para evitar os riscos desse contato maior com a saliva de cães e gatos. É recomendado que eles tenham os dentes escovados regularmente e que visitem o odontologista veterinário pelo menos uma vez ao ano. “É importante que as pessoas tenham noção que esse cuidado existe. Acaba sendo mais caro tratar do que prevenir” , explica o veterinário.

Mesmo que não seja totalmente proibido, evitar o contato maior com a saliva dos fofinhos durante os “lambeijos” acaba sendo a melhor alternativa contra as possíveis consequências à saúde.

Eaí, gostaram dessas dicas? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h30. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.
Publicidade
Leia mais