Thayse Teixeira, a popular "Dona do Cariri"Reprodução Instagram
Publicado 16/07/2024 22:34
Uma história marcada por desafios, superação e um instinto enorme de fazer acontecer. E aconteceu! Quem vê hoje Thayse Teixeira, a popular “Dona do Cariri”, brilhando na TV e nas redes sociais, nem imagina que sua trajetória é marcada por muita dedicação e empenho.
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Aos 37 anos, Thayse equilibra a vida com a de empreendedora, humorista, influenciadora e nordestina arretada. Nascida no Crato, no Ceará, a artista já é mãe de Bernardo e Maria Tereza, e está grávida do pequeno Leo, seu terceiro filho que nascerá em breve.
O conteúdo que ela compartilha nas redes vai muito além do humor. O empoderamento feminino é uma das bandeiras levantadas pela influencer, que mostra a importância de toda mulher se dar valor, para elevar a autoestima e o amor-próprio. A maternidade também é pauta diária em seu conteúdo.
Desde pequena sempre quis empreender. Fez mestrado, trabalhou como professora universitária por sete anos, mas descobriu no humor a fórmula para encontrar o sucesso. Foi assistente de palco em um programa na TV Diário, de Fortaleza. Depois, comandou um programa semanal no canal, o 360°. Com essa bagagem, logo ficou reconhecida como a Dona do Cariri, pelo jeito autêntico de ser, sempre falando em nome das mulheres, se assumindo feminista, participando de debates sociais importantes.
No final de 2018, recebeu o convite para integrar o elenco do reality A Fazenda 11. Thayse levou ao programa a essência da mulher nordestina, garantindo muito humor e irreverência na edição. Hoje ela também é empreendedora de sucesso. Montou uma rede de pizzarias que opera em todo o país e também é dona de uma loja de moda feminina.
Uma mulher empoderada, de personalidade forte, desbocada, dona de si e, acima de tudo, autêntica. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa mulher que inspira outras mulheres?
Conta um pouco da sua história?
Antes da internet, eu era professora universitária. Ao mesmo tempo, era assistente de palco de um programa de TV. Fui conquistando, passei a ter o meu próprio programa. Na sequência, veio a oportunidade, assim que surgiu a ferramenta de gravar stories nas redes sociais, de começar a gravar minha família, minha mãe e meu filho. E não tem como falar do meu começo sem mencionar Carlinhos Maia, né? Em 2017 eu o contratei para levá-lo ao Cariri (região do Crato, no Ceará), aliás, fui uma das primeiras contratantes, praticamente, de Carlinhos. Levei ele para o festival mais conhecido e esperado da região, o Expocrato, que inclusive está acontecendo neste mês. Na época, ele me achou muito talentosa, começou a me filmar e postar nas suas redes. A audiência dele, super me aprovou e eu agarrei a oportunidade. Na realidade, nunca vi a internet como um hobby. Foi algo que eu levei e levo muito a sério, sempre com o objetivo de me tornar referência naquilo que eu faço.
Como é ser uma mulher humorista? Quais os desafios?
Eu carrego esse humor na veia, de berço. Sempre fui a líder do grupo, a mais engraçada, a mais doida, mais criativa, que fazia todo mundo rir! Desde menina, sempre fui muito alto astral, que contaminava todo mundo que estava ao meu redor. Mas, apesar das pessoas acharem legal, isso não era visto como natural, principalmente por se tratar de mulher, geralmente são os comediantes homens que se destacam mais. E para se ter uma posição de ascensão, na maioria das vezes é preciso estar ao lado de quem aparece muito. Mas não no meu caso. Sempre fiz isso no meu grupo, no meu meio e de forma despretensiosa. Nunca foi para aparecer, mas porque gostava. E o meu grande desafio foi fazer com que as pessoas não achassem que o conteúdo não era de verdade.
A internet reforça o empoderamento feminino?
Totalmente. Uso muito para isso. Uma das bandeiras que eu mais levanto e que sempre reforço é sobre o empoderamento feminino. Cheguei quebrando esse tabu de que não existe o corpo perfeito, vida perfeita, casamento e filhos perfeitos, a vida dos sonhos. Empoderamento vai muito além... Cheguei na internet falando sobre um relacionamento fracassado, onde apanhei, sofri violência doméstica, vivia em um relacionamento totalmente abusivo. Tive que enfrentar tudo isso. Fui desconstruindo pensamentos e hoje entendo que o empoderamento é mostrar como somos resilientes, fortes, com o poder de recomeçar quantas vezes for preciso. Reafirmo o quanto as mulheres podem se tornar independentes. Isso para mim é uma responsabilidade muito grande, porque eu sei quantas mulheres são tocadas por isso e consequentemente, tem suas vidas transformadas.
Você está grávida do seu terceiro filho. Sempre quis ser mãe? E a sua relação com a religião?
Tenho o Bernardo, de 12 anos, a Tetê, de 2 anos e meio, e agora o Leozinho. Toda mulher sonha com essa benção do gerar, porque é algo muito sublime. Imagina você ser o habitat onde abriga uma vida durante nove meses? Muito lindo. Quando eu tive Bernardo, a experiência não foi boa, porque foi no meu primeiro relacionamento. Mas eu não imaginava o que Deus estava preparando para a minha vida. Ele é tão perfeito, tão misericordioso. Em uma das áreas onde eu mais fui decepcionada, onde eu mais fracassei, foi onde Ele mais me honrou. Me sinto feliz demais em poder gerar, principalmente pelo milagre da minha segunda gestação para cá. Eu precisava fazer um tratamento no colo do útero e caso eu não fizesse isso poderia gerar até um câncer. Fiquei desesperada e disse: “Ah, não Deus, eu preciso viver uma nova experiência, eu preciso que o Senhor mostre para mim o quanto é prazeroso ter um filho”. Foi uma gestação prazerosa, passei por muitas coisas. Deus dá para mim essa oportunidade? Incrível, pode ter certeza.
Você se acha um mulherão? O que é ser um mulherão pra você?
Com toda certeza, uma mulher, um mulherão, um mulheraço! É um bordão que eu sempre uso (soletrando): M – U – L – H – E – R. Mulher de números, mulher emponderada mulher diferente, mulher visionária com toda certeza. E é esse mesmo pensamento que eu tento colocar na cabeça de todas as SEGUIDONAS que me acompanham. Se a gente não se achar assim, quem vai nos achar, não é isso? Esperar que alguém venha e nos elogie? Não. Tudo tem que partir de nós. É tudo sobre nós. A nossa história, os nossos resultados. O alvo que a gente vai alcançar, tudo depende de nós.
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