Ana Paula Minerato é acusada de racismoReprodução
Publicado 26/11/2024 22:42 | Atualizado 27/11/2024 00:12
Olá, meninas!
Publicidade
Um caso bastante polêmico ganhou repercussão na internet nos últimos dias. O episódio de racismo explícito veio à tona após o vazamento de vários áudios de Ana Paula Minerato, ex-participante do reality “A Fazenda”. Nos áudios, a modelo faz comentários racistas em uma conversa com o ex-namorado, o rapper KT, e seriam direcionadas à cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca.
Em alguns trechos, Ana Paula fala: “A empregada, a do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro KT? Eu não sabia que você gostava de mina do cabelo duro”. E continua: “Você gosta de mina cabelo duro, de neguinha? Por isso ali é neguinha né, alguém ali um pai ou a mãe veio da África, tá na cara”. E não são só esses. Outros trechos deixam claro o preconceito.
Após a polêmica, vários artistas já se pronunciaram condenando a atitude. Ana Paula também perdeu a posição de musa da Gaviões da Fiel e foi demitida da rádio Band FM, onde tinha um programa. O caso está sendo investigado pela Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo. Se comprovado, a modelo pode ser condenada e responder por crime de injúria racial, com pena de dois a cinco anos e multa.
Afinal, até quando teremos que conviver com este tipo de comportamento? É importante que seja investigado e as medidas cabíveis sejam providenciadas. É preciso conter esse preconceito. Chega de racismo!
Conversamos com a advogada Bianca Macário, advogada criminalista, pós-graduada em direito penal e segurança pública, que analisou o caso. “As falas contidas nos áudios caracterizam crime de injúria racial, uma vez que as ofensas em razão da cor/raça/etnia são direcionadas a pessoa específica. Ao contrário do crime de racismo, que se caracteriza pelo direcionamento a toda coletividade, discriminando toda raça. Além da responsabilização penal, por injúria racial ou racismo, quem comete tais delitos pode ainda ser responsabilizado na esfera cível, com o dever de indenizar a vítima”, explicou a especialista.
A advogada também ensinou o que fazer para se proteger e denunciar esses casos. “Importante destacar a existência das Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância - DECRADI, que foram criadas especificamente para o combate aos delitos desta natureza. Desta forma, orienta-se que a vítima ou qualquer pessoa que tenha conhecimento de tais práticas criminosas, registre ocorrência junto a DECRADI para que haja investigação e posterior processo criminal”, finaliza.
E você, já se deparou com alguma situação como esta? Vamos falar mais sobre este assunto? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h40. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.
Leia mais