Publicado 18/08/2020 09:26
Duque de Caxias - Mais um passo para conclusão do imbróglio envolvendo o terreno-terreiro de Joãozinho da Gomeia. A Comissão de Preservação e Memória da Gomeia, que reúne descendentes de Tata Londirá e sacerdotes do candomblé, fez duas reuniões nesta segunda-feira, 17, com órgãos do governo para definir o corpo do terreno e qual uso será dado ao local. O espaço será restaurado e preservado como Centro Cultural Joãozinho da Gomeia e abrigará um memorial, um centro cultural e um museu.
A primeira reunião foi com a Superintendência de Museus, em que a equipe do órgão orientou sobre como o futuro Centro Cultural Joãozinho da Gomeia, proposta criada e defendida pela Comissão da Memória da Gomeia e pela Associação dos Descendentes da Ndangi Gomeia (Adengo), poderá ser melhor desenvolvido de forma a agregar a comunidade do bairro. O centro visa ser um espaço cultural, espiritual e político.
A primeira reunião foi com a Superintendência de Museus, em que a equipe do órgão orientou sobre como o futuro Centro Cultural Joãozinho da Gomeia, proposta criada e defendida pela Comissão da Memória da Gomeia e pela Associação dos Descendentes da Ndangi Gomeia (Adengo), poderá ser melhor desenvolvido de forma a agregar a comunidade do bairro. O centro visa ser um espaço cultural, espiritual e político.
Em seguida, a Comissão se encontrou com técnicos e arquitetos do Inepac para abrir novo processo de pedido de tombamento, desta vez em relação aos bens móveis do terreiro de Joãozinho da Gomeia. Em conjunto, a Comissão e o Inepac encaminharam o primeiro escopo da planta do futuro centro cultural, inclusive determinando os espaços sagrados que deverão estar abertos para visitação do público.
Os arquitetos agora terão duas semanas para conclusão da planta do centro. Com a conclusão da planta, nova reunião será marcada com a Comissão de Preservação e Memória da Gomeia e então a planta oficial será encaminhada ao Governo do Estado para finalização do processo de tombamento. Pensando na questão ambiental do terreno, os arquitetos também deverão indicar que sejam replantadas árvores sagradas, visando reconstruir o aspecto do terreiro de Joãozinho da Gomeia enquanto ainda estava em funcionamento.
"A Superintendência dos Museus se comprometeu nesse período de construção que irá acompanhar e cuidar das peças sagradas e que tudo será tratado em diálogo conosco. Foi um compromisso muito importante. Os arquitetos também estão preocupados com a questão ambiental, então serão replantadas árvores sagradas da época de Joãozinho da Gomeia no mesmo local, para manter viva essa memória. Com o Inepac, nós discutimos onde será a área a ser construído o centro cultural, prestando atenção aos locais onde estarão os assentamentos sagrados, que vão continuar lá. Estamos na luta para colocar tudo no papel e continuaremos lutando até que o projeto saia do papel", disse Lemba Dyala, descendente da Gomeia e coordenador da Comissão.
Os arquitetos agora terão duas semanas para conclusão da planta do centro. Com a conclusão da planta, nova reunião será marcada com a Comissão de Preservação e Memória da Gomeia e então a planta oficial será encaminhada ao Governo do Estado para finalização do processo de tombamento. Pensando na questão ambiental do terreno, os arquitetos também deverão indicar que sejam replantadas árvores sagradas, visando reconstruir o aspecto do terreiro de Joãozinho da Gomeia enquanto ainda estava em funcionamento.
"A Superintendência dos Museus se comprometeu nesse período de construção que irá acompanhar e cuidar das peças sagradas e que tudo será tratado em diálogo conosco. Foi um compromisso muito importante. Os arquitetos também estão preocupados com a questão ambiental, então serão replantadas árvores sagradas da época de Joãozinho da Gomeia no mesmo local, para manter viva essa memória. Com o Inepac, nós discutimos onde será a área a ser construído o centro cultural, prestando atenção aos locais onde estarão os assentamentos sagrados, que vão continuar lá. Estamos na luta para colocar tudo no papel e continuaremos lutando até que o projeto saia do papel", disse Lemba Dyala, descendente da Gomeia e coordenador da Comissão.
Prefeitura desiste de creche
A Prefeitura de Duque de Caxias desistiu de construir uma creche no terreno que era do terreiro de Joãosinho da Gomeia. De acordo com comunicado da administração municipal, o prefeito Washington Reis resolveu atender às reivindicações de movimentos religiosos e populares e "decidiu preservar o Terreiro da Goméia, local considerado sagrado para o candomblé". Ainda segundo a prefeitura, "o espaço será cuidado e haverá manutenção do terreno, com o objetivo de respeitar as vivências e as experiências religiosas de toda a população, em especial dos praticantes das religiões de matriz africana da cidade".
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