Publicado 20/03/2024 21:23
Duque de Caxias - A educação municipal de Duque de Caxias foi escolhida para participar de um estudo desenvolvido pela Goethe Universität, Frankfurt Am Main, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A ideia é compreender melhor o modo como os profissionais da escola tratam e se relacionam com os comportamentos dos alunos com e sem deficiência, considerando as questões de inclusão, raça, gênero e desigualdade social.
O estudo, com abordagem de investigação comparativa, será desenvolvido no Brasil, em escolas da rede educacional de Duque de Caxias, em escolas da Alemanha e dos Estados Unidos. O início no Brasil começou com um grupo focal de professores do segundo segmento (5º ao 9º anos) de Duque de Caxias, no auditório da Secretaria Municipal de Educação. Ainda esta semana, escolas receberão a visita dos pesquisadores.
O objetivo da pesquisa é produzir conhecimentos que possam aconselhar as escolas, como desenvolver as suas estruturas organizacionais e processos de trabalho para se tornarem escolas mais democráticas, diminuindo as disparidades raciais, de gênero, e de classe. Na ocasião, a Secretária de Educação, Iracema Costa, acompanhada da subsecretária Pedagógica, Arlene Cavalini, da diretora do Departamento de Acessibilidade e Inclusão Educacional, Renata Vogas, e da coordenadoria de Ensino Fundamental II, Vilma Soares, recebeu o coordenador da Pesquisa, professor e doutor Michael Urban, do Departamento de Educação Especial da Goethe Universität, de Frankfurt, e a professora doutora Marcia Pletsch, da UFRRJ.
Os educadores, entre diretores e professores, de escolas do segundo segmento, do 1º ao 4º distritos, participaram de um estudo de investigação direcionado pelos pesquisadores. Cada um se apresentou individualmente e respondeu questionamentos sobre situações do cotidiano escolar.
“Isso prova que o nosso trabalho chama atenção além dos muros da escola. Na nossa rede, por exemplo, cada vez mais aumenta a procura de alunos com deficiência, o que mostra a qualidade do nosso ensino”, destacou Iracema.
Para os pesquisadores, o encontro foi bastante produtivo:
“Foi além das nossas expectativas. Os dados coletados poderão servir para desenvolver não só ações de formação continuada para os professores, mas também fundamentar a elaboração de políticas públicas, sejam elas locais ou nacionais, no que diz respeito a esse debate. Estamos na fase de escrever a proposta e, em seguida, as pesquisas mais pontuais serão feitas em cada pais. A previsão é que tudo seja finalizado em 2026”, disse Marcia Pletsch, que, por meio da UFRRJ, mantém um termo de cooperação técnica com a SME para o desenvolvimento de outros projetos e pesquisas de relevância na área da educação especial.
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