Zito (PV), candidato a prefeito de Duque de CaxiasDivulgação
Publicado 23/08/2024 15:53 | Atualizado 23/08/2024 16:26
Duque de Caxias – O Dia Duque de Caxias continua com a série de entrevistas com os três primeiros colocados nas pesquisas eleitorais para a prefeitura da cidade da Baixada Fluminense. O município é o segundo maior colégio eleitoral do estado do Rio de Janeiro, com mais de 670 mil eleitores aptos a votar. O entrevistado de hoje é o ex-prefeito José Camilo Zito (PV). Ele governou por outras três ocasiões e agora tenta retornar ao posto.
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Desta vez, Zito diz contar com o apoio “declarado” do presidente Lula (a vice dele é do PT) e que isso vai ajudar Duque de Caxias a receber muitas obras, como metrô e barcas.

O DIA - O senhor já foi prefeito por três vezes da cidade. O que pretende fazer de diferente dessa vez?
Zito - "A população me conhece e sabe que pode contar comigo, tanto que nestes anos fui procurado praticamente todos os dias por alguém pedindo socorro. Porque os moradores estão cansados desse abandono. Por mais que esse pessoal que está aí diga que pessoas mais velhas não têm sonhos, sonho com uma Duque de Caxias mais moderna. E é por isso que montei a equipe que está comigo, com um olhar especializado em Segurança Pública, Saúde, Educação e transporte público, que são nossos maiores problemas".

Qual seu projeto para a área da educação? A cidade teve um dos piores resultados do IDEB.
"É claro que esse não é o resultado que a população espera. Para mudar esse cenário, é preciso valorizar os professores, que são os grandes agentes dessa transformação. Aumentar o número de escolas e melhorar as que existem também são medidas importantes. Como uma criança pode aprender alguma coisa em uma sala sem ao menos um aparelho de ar-condicionado, em escolas em situações precárias? Não é isso o que queremos para o município".
Zito (PV), candidato a prefeito de Duque de Caxias - Divulgação
Zito (PV), candidato a prefeito de Duque de CaxiasDivulgação


As unidades de saúde de Duque de Caxias recebem muitos pacientes de fora do município. Como pretende melhorar a saúde no município?
"Somente 26% da população são atendidos pela saúde primária. Não temos cardiologistas, geriatras e tantos outros especialistas. Um terço do R$ 1,4 bilhão gasto anualmente foi destinado apenas ao Hospital Adão Pereira Nunes, que foi irresponsavelmente municipalizado. O Hospital do Olho gasta nosso orçamento para atender 64% de pessoas de fora de Duque de Caxias, entre outros absurdos. A cidade tem uma quantidade de médicos que não consegue atender tanta procura. É preciso aumentar esse número para logo de cara já diminuir o tempo de espera nas filas, que é alto demais. Outra medida fundamental é equipar as unidades, porque muitas não têm sequer o básico. Dinheiro para isso existe, o que falta é destinar os recursos de maneira correta, pensando na população".

Sobre infraestrutura: qual sua proposta para a área?
"A infraestrutura é o básico de uma cidade porque ela está ligada a diversas áreas, sempre com o mesmo objetivo: melhorar a produtividade de um local e aumentar o bem-estar da população. E Duque de Caxias é uma coleção de problemas para todos os lados, você sai de casa e já dá de cara com algum. Diversas localidades não têm nem mesmo saneamento básico, o que é um problema seríssimo de saúde, porque isso aumenta as doenças e superlota as unidades médicas. O asfaltamento é outro absurdo porque o atual governo, perto da eleição, fez obras de maquiagem para enganar a população, mas ela sabe que não passa de conto da Carochinha. Daqui a pouco está tudo esburacado de novo".

Qual sua proposta para melhorar o transporte em Duque de Caxias?
"Temos dois eixos muito importantes nesse sentido: a chegada do metrô e das barcas a Duque de Caxias. E isso não é uma grande melhoria somente para a nossa cidade, mas também para os municípios de toda a região. Na minha convenção, ficou muito claro por parte dos representantes do Governo Federal que isso é um compromisso de Brasília com Duque de Caxias. Quanto aos ônibus, estive em Maricá recentemente conhecendo de perto o Tarifa Zero, que permite que os moradores usem o dinheiro das passagens como bem entenderem em suas vidas".

Duque de Caxias é o motor da Baixada Fluminense em geração de empregos. O que pretende fazer para atrair mais empresas para o município?
"Duque de Caxias é a cidade mais bem localizada da Baixada. Estamos a dois minutos da Linha Vermelha e a dez da Linha Amarela; temos à nossa direita a Dutra e somos cortados pela Washington Luiz; e estamos ao lado do Aeroporto do Galeão e perto do porto. Tudo isso favorece a implantação de empresas de todos os níveis, inclusive as de logística. Nos meus mandatos, trouxe algumas das empresas de maior destaque do Brasil, e esse é o objetivo novamente agora. Nossos jovens precisam de perspectivas claras de futuro, por isso planejamos oferecer vagas em cursos técnicos de formação, para que Caxias não apenas exporte mão de obra, mas também se aproveite dela em seu território".
Zito (PV), candidato a prefeito de Duque de CaxiasDivulgação


A sua vice é do PT. Pretende contar com o apoio velado do presidente Lula na campanha?
"Não é velado, não. É declarado mesmo. O Governo Federal se comprometeu publicamente a destinar recursos para Duque de Caxias em diversas frentes. Nossa cidade, que já uma das mais importantes do estado, será uma das referências de avanços sociais para todo o país".

O que o cidadão caxiense pode esperar do seu mandato como prefeito, caso seja eleito?
"Pode esperar muito trabalho porque a cidade está largada e há muito o que ser feito. Infelizmente, os prefeitos que passaram por Duque de Caxias nos últimos mandatos não respeitaram os moradores, não ouviram a população. Porque foram prefeitos de gabinete, que ficam o dia inteiro no ar-condicionado. Todos aqui sabem que, nos meus mandatos, eu fazia questão de fazer visitas de surpresa a hospitais, postos e escolas para saber se tudo estava funcionando. E dava em cima quando tinha algo errado, porque acho que essa conexão com a realidade é fundamental. O político que vira as costas para o povo é um político morto".
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