Publicado 04/09/2024 17:54
Duque de Caxias - A prática do tiro com arco tem contribuído para o desenvolvimento de alunos da Escola Municipal Dr. Ely Combat, em Xerém. Concentração, disciplina e precisão são algumas das habilidades que esse esporte olímpico tem ensinado para a garotada. A atividade, implementada pelo professor de História Allofs Daniel Batista, que também é instrutor da Associação Field Brasil de Tiro com Arco, faz parte do Projeto de Suporte à Aprendizagem (Prosa), criado em 2021 pela Secretaria Municipal de Educação, desenvolvido através da Coordenadoria de Ensino Fundamental Anos Iniciais (CEF I).
PublicidadeIniciada em maio deste ano na unidade escolar de Xerém, a prática do tiro com arco atende 45 alunos. Os treinos acontecem às quintas-feiras, no contraturno escolar.
Paralelamente, o aprendizado vai além de uma nova atividade esportiva. O professor conta que aproveita para atrelar à sua disciplina de História para explicar a evolução do arco e da flecha, desde a pré-história até os tempos atuais. E ainda faz uma importante avaliação:
“O tiro com arco é um dos esportes mais democráticos que existe. Aqui não tem distinção de gênero, raça ou limitações físicas. Com poucas adaptações, a pessoa consegue praticar. Os alunos vão aprendendo sobre disciplina, autocontrole, respeito do espaço interpessoal, organização, segurança, autocuidado. Enfim, são inúmeros os benefícios”, enumera.
De acordo com a responsável pela Coordenadoria de Ensino Fundamental Anos Iniciais (CEF I), Fabiana Assis, o objetivo do Prosa é que a escola apresente projetos que atendam aos alunos que necessitam de suporte pedagógico. Ela explicou, ainda, que para a atividade proposta ser aprovada, é necessário passar por um critério de avaliações. Atualmente, são 47 escolas envolvidas com atividades pedagógicas e atividades diversificadas.
“Entendemos que além da recomposição de aprendizagens em leitura, escrita e conhecimentos lógico-matemáticos, esse aluno precisa de estímulos diversos. E o tiro com arco entra com esse papel de incentivá-lo. Além disso, avaliamos se a prática condiz com a matriz curricular da rede, se oferece segurança e se contribui para o desenvolvimento dos alunos naquele espaço. Os resultados, de uma forma geral, têm sido bastante satisfatórios“, pontuou a coordenadora.
O aluno Felipe Lopes, de 10 anos, por sua vez, afirmou que sente a diferença desde que iniciou as aulas. “Gosto tanto de vir para cá que já acordo pensando. Acho aqui mais legal do que ficar o tempo todo no celular”, disse o menino, logo após ter acertado o alvo.
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