Por O Dia
Publicado 26/05/2018 21:19

Rio - Apesar de o cartão de crédito ser a modalidade de crédito mais utilizada pelo consumidor, o crediário ainda é adotado por parcela significativa da população brasileira. Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que três em cada dez consumidores (27%) utilizaram o crediário para fazer algum tipo de compra no último ano por meio dos cartões de loja ou dos carnês e boletos.

"O crediário é uma alternativa interessante, se bem usada. Muitas vezes acaba dando a falsa impressão de que se leva o produto sem pagar, mas o consumidor precisa ter em mente que não é porque alguém compra parcelado que um dia não terá de pagar por aquela compra. Por isso, é importante organizar o orçamento e só realizar a compra se for possível arcar com os compromissos financeiros", orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Outro dado aponta que 20% utilizaram o crediário menos de três vezes ao ano, enquanto 18%, utilizaram três vezes ao mês. Embora o uso do crediário esteja restrito à minoria dos consumidores, o público que contrata cartão de loja ou o carnê ainda utiliza com frequência essa modalidade de pagamento. Considerando os que recorreram a essa modalidade no período, 56% afirmaram ter algum crediário em aberto. Entre aqueles que souberam informar quantos crediários possuem atualmente, a média é de dois por pessoa.

Ainda entre os que compraram com carnê, boleto ou cartão da loja, 39% disseram que recorreram ao crediário por não ter condições de efetivar a compra pagando à vista, em dinheiro. Já 17% aderiram a essa forma de pagamento porque não tinham limite no cartão de crédito, 13% o fizeram em razão da pouca burocracia e 11% para fazer mais compras.

Agora, atenção! "Se a pessoa não possui dinheiro para pagar à vista ou não tem limite no cartão de crédito é sinal de que ultrapassou o orçamento. O ideal é deixar de consumir, reorganizar as contas e, assim, evitar entrar em uma bola de neve de dívidas", recomenda a economista do SPC, Marcela Kawauti reafirmando o sentido, o espírito e a essência dessa coluna.

Quase 70% anotam tudo
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Mais de 40% sem nome sujo
Pré-datado rumo à extição
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Largamente utilizado nas décadas passadas, o cheque pré-datado atualmente vem sendo adotado por uma pequena parcela de consumidores. Somente 7% das pessoas ouvidas disseram ter emitido cheques pré-datados nos últimos 12 meses. A maioria (89%) sequer fez uso do cheque. Para grande parte das pessoas consultadas, as razões para a falta de uso dessa modalidade de pagamento são: não possuir nenhum talão de cheque (34%) principalmente nas classes C, D e E (39%), preferir pagar as compras à vista (12%) e não achar prático (12%).
Bom domingo e boa sorte!
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