Documentos devem ser apresentados para fazer o acerto no Cnis como cópia do contrato de trabalho e livro de registro de empregadoErnesto Carriço
Por MARTHA IMENES
Publicado 04/11/2018 03:00 | Atualizado 04/11/2018 12:08

Rio - Com a expectativa de aprovação da Reforma da Previdência ainda este ano, conforme admitiu o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), especialistas temem que seja disparada uma corrida de trabalhadores aos postos do INSS para dar entrada no pedido de aposentadoria. E advertem: é preciso planejar antes para não ter perda no valor do benefício.

"Aposentar na correria e de forma equivocada pode gerar prejuízos. Há casos em que o segurado precisa de poucos meses para entrar na Fórmula 85/95, por exemplo, e não sabe. E com isso tem uma perda de até 40% no valor do benefício", diz Thiago Luchin, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados. A recomendação é ter cautela e planejamento.

Tom de cuidado também adotou o sócio de Thiago, Murilo Aith. "Uma reforma não ocorre da noite para o dia. É o momento de analisar os documentos, planejar com detalhes, para não se arrepender ao fazer um pedido de aposentadoria precoce, sem os devidos cuidados", ressaltou.

A preparação para ter uma aposentadoria tranquila é um ponto destacado por Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.

"A aposentadoria pelo INSS é muito importante para os brasileiros e um direito do trabalhador. Entretanto, o valor não é suficiente para manter o padrão e a qualidade de vida após a concessão", alerta Domingos.

Para quem tem condições de desembolsar um dinheiro a mais todo mês, os planos de previdência privada podem ser alternativa para garantir recursos além da aposentadoria do INSS. E a modalidade tem atraído brasileiros.

Dados do Indicador de Reserva Financeira da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que entre as principais formas de reserva financeira, a previdência privada foi mencionada por 10% dos entrevistados.

Na página Meu Bolso Feliz, que está com endereço encurtado (https://goo.gl/cC8aEc), é possível simular os planos que sejam mais adequados ao orçamento doméstico.

Mas para Thiago Luchin, a previdência privada deve ser vista como alternativa ao regime oficial do INSS e não como prioridade do segurado. "É fundamental que as pessoas primeiro pensem em contribuir para o INSS, em seguida, a previdência privada como um complemento", adverte. Isso porque, segundo Luchin, a rentabilidade dos benefícios da INSS é proporcionalmente maior.

"Em uma previdência privada o contribuinte paga por um tanto que vai usar quando for beneficiário, é um recurso finito. A partir do momento que os recursos acabarem, não terá mais renda", alerta. "A aposentadoria do INSS vai até a morte do segurado e pode virar pensão para seus dependentes", ressalta.

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TIPOS DE APOSENTADORIAS
POR IDADE
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Trabalhadores urbanos se aposentam com 60 anos de idade (mulher) e 65 anos (homem) e com, no mínimo, 180 contribuições, conforme informações da Previdência Social. Em alguns casos, esse período de contribuição mínima pode até cair um pouco.
POR CONTRIBUIÇÃO
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Neste caso específico, mulheres precisam ter contribuído por 30 anos e homens, por 35, para fazer jus a esse tipo de benefício. Dependendo da idade, incide o fator previdenciário, que reduz a aposentadoria em até 40%.
FÓRMULA 85/95
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É a forma mais vantajosa de aposentadoria para os segurados do INSS por não incidir o fator previdenciário sobre o cálculo do valor do benefício. A regra soma idade e tempo de contribuição. Sendo 85 pontos para mulheres e 95 para homens. No próximo ano essa regra muda para 86/96.

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