Por O Dia
Publicado 31/03/2020 00:00 | Atualizado 05/04/2020 14:34

O Senado aprovou ontem, por unanimidade e em sessão virtual, o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa. A novidade ficou na inclusão de trabalhadores intermitentes, que prestam serviço por horas, dias ou meses para mais de um empregador feita pelo relator Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O texto prevê o pagamento por três meses, mas poderá ser prorrogado. Agora o projeto segue para a sanção presidencial.  

Outra alteração no texto aprovado ontem no Senado é a migração automática dos beneficiários do Bolsa Família para o novo auxílio emergencial, nas situações em que for mais vantajoso. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado calcula que 30,5 milhões de trabalhadores serão beneficiados. O gasto foi estimado em R$ 59,8 bilhões nos três meses.

Inicialmente, o governo federal havia proposto um benefício de R$ 200 mensais. O relator do projeto na Câmara, deputado Marcelo Aro (PP-MG), decidiu subir o valor a R$ 500, mas na quinta-feira passada o presidente Jair Bolsonaro deu aval para subir para R$ 600.

Após a aprovação do projeto, nas redes sociais surgiram manifestações com a hashtag #PagaLogoBolsonaro, em referência à urgência do presidente sancionar e regulamentar o início dos pagamentos. 

Em um post em uma rede social, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que segue em quarentena em casa após ter sido infectado pelo coronavírus, pediu ao presidente "a sanção imediata do projeto de lei que garante auxílio de R$ 600 aos trabalhadores autônomos".

QUEM TEM DIREITO

Poderão solicitar o benefício maiores de 18 anos que não tenham emprego formal, nem recebam benefício previdenciário (aposentadoria ou pensão), assistencial (como BPC), seguro-desemprego ou sejam contemplados por programa federal de transferência de renda - a única exceção será o Bolsa Família.

Entre outras exigências, os beneficiários também precisam ter renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 552,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135). Também será possível preencher uma autodeclaração a ser disponibilizada pelo governo.

O valor poderá ser acumulado por até dois membros de uma mesma família, chegando a R$ 1,2 mil. No caso das mães solteiras, elas terão a possibilidade de receber a quantia máxima também. 

 

Distribuição de merendas às famílias
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Bolsa Família para 14 milhões
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que o Bolsa Família atenderá mais de 14,2 milhões de famílias no Brasil. Segundo o governo federal, haverá inclusão de 1,2 milhão de beneficiários no programa. 
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Com o reforço no programa de transferência de renda anunciado ontem, Onyx informou que a taxa de cobertura do Bolsa Família no Nordeste será de 111,90%. "O governo federal pagará o programa para mais famílias, além daquelas que se enquadram nos critérios exigidos para receber. Isso é inédito", disse o ministro da Cidadania.
Ainda segundo Onyx, o auxílio de R$ 600 durante o período da pandemia será transferido aos beneficiários do programa por meio de uma folha de pagamento suplementar. O ministro disse ainda que, por 120 dias, nenhuma família será retirada do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
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Ainda ontem, Onyx disse que os pagamentos serão feitos pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e casas lotéricas. "Pedimos que não vão até lá. Tenham calma. O sistema ainda não está acionado, porque a lei ainda não foi", disse.

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