Entregadores de aplicativos se organizam para reivindicar direitosReprodução Twitter
Por Marina Cardoso
Publicado 11/07/2020 00:00

Os entregadores de aplicativo promoverão uma nova paralisação nacional neste mês. Em razão da falta de retorno dos aplicativos de entrega, os profissionais realizam no dia 25 o "2º Breque dos Apps", na Candelária. Assim como no dia 1º deste mês, a categoria busca melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra o risco de infecção pelo coronavírus (covid-19) e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e a forma de remuneração. 

Os entregadores, entre os motoboys e ciclistas, pontuam entre os principais problemas as jornadas exaustivas, sem garantia de direitos sociais, como proteção para acidentes de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPIs). Por conta da pandemia, que tornou o serviço de entrega essencial para o isolamento social, os profissionais tiveram o trabalho redobrado.

REIVINDICAÇÕES

Entre as principais reivindicações estão a fixação de tabela de preço do frete de entregas, o aumento do valor por quilômetro e do valor mínimo por entregas, o fim dos bloqueios e desligamentos de forma injusta e sem justificativas, uma legislação específica para a categoria, além do auxílio-pandemia, com fornecimento dos EPIs e licença remunerada caso o entregador seja afastado em decorrência do coronavírus. 

Ralf Alexandre Campos, um dos apoiadores da mobilização no Rio, é organizada somente pelos entregadores. "A nossa data para a paralisação será dia 25 e teremos apoio dos motoristas de aplicativos em todo o país. Na quarta-feira, tivemos reunião com presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e foi favorável", afirma ele. 

Para o entregador e moto taxista Saulo Benicio, de 28 anos, que chega a trabalhar 10 horas por dia e percorre 255 km pelo Rio, a mobilização dos entregadores veio como uma necessidade da categoria. "Precisamos de necessidades dignas de trabalho e com mínimo direitos trabalhistas. Espero que a classe trabalhadora se una contra essas mazelas impostas no Brasil", afirma ele. 

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