Publicado 02/07/2021 12:17
Rio - Grande parte dos brasileiros já sofreu tentativa de fraude ou conhece alguém que tenha sido vítima e está atenta e apreensiva em relação a esses crimes e violações dos seus dados pessoais. Uma pesquisa divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou que cerca de 86% dos consumidores têm medo de ser vítima de fraudes dos seus dados pessoais. Embora 42% alegam perceber uma evolução na segurança de dados, 33% acreditam que estão menos seguros nos últimos cinco anos.
Com a pandemia, 91% dos entrevistados avaliam que os crimes aumentaram e somente 5% acham que diminuíram. Nos últimos 12 meses, os próprios entrevistados ou familiares foram vítimas, sendo as situações mais comuns aquelas envolvendo recebimento de mensagens ou ligação telefônica com solicitação fraudulenta, seja de dados pessoais ou bancários (43%), seja de depósito ou transferência de dinheiro para amigo ou parente (34%).
Outros golpes também foram identificados, como compras indevidas em seu cartão de débito ou crédito (29%); invasão do e-mail ou das redes sociais, com alguém assumindo o controle sem permissão (18%); clonagem de celular ou WhatsApp (18%); tentativa de abertura de linha de crédito ou solicitação de empréstimo usando seu nome (15%) e invasão e acesso a dados bancários (14%).
"Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas também grandes corporações e instituições públicas e privadas", disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Ainda segundo o levantamento, 53% maioria das pessoas ao menos algum controle sobre seus dados, mas 44% ainda acredita ter pouco (28%) ou nenhum controle (16%). Apesar da maioria achar que tem controle sobre os seus dados, essa vigilância e captação de informações por parte de empresas e governos geram expressiva preocupação: 75% dos entrevistados se dizem preocupados como as empresas e instituições utilizam esses dados, percentual maior se comparado aos governos (69%). Apenas 23% não estão preocupados ou estão pouco preocupados como os dados são usados pela iniciativa privada, sentimento próximo ao registrado em relação aos governos (28%).
"Um bom indicador da pesquisa é que o brasileiro está atento, sobretudo quanto ao uso que as empresas privadas fazem dos seus dados pessoais", avaliou Sidney.
Legislação
Para a maioria dos entrevistados, a legislação atual é pouco eficiente (50%) ou ineficiente (16%). Apenas 5% consideram a legislação muito eficiente e 24%, eficiente. Essa opinião está alinhada à expectativa de endurecimento das leis: 76% desejam que a regulamentação seja mais dura, contra 10% que acham que as regras legais deveriam ser mais leves.
Considerando as duas leis em vigor, a que protege a privacidade dos dados pessoais (LGPD) e a que pune quem pratica fraudes em meios eletrônicos (14.155), 62% acham que o número de golpes vai diminuir muito (14%) ou um pouco (48%), e 30% opinam que esse tipo de crime não sofrerá alteração.
Medidas de proteção
Quando se fala em cuidados para evitar fraudes, a maioria das pessoas já alega tomar algumas precauções. Cerca de 57% sempre ou frequentemente costumam escolher senhas fortes; 26% escolhem às vezes e 13% raramente ou nunca.
Outros 37% responderam que sempre ou frequentemente utilizam a biometria; enquanto 30% usam às vezes e 29% raramente ou nunca usam. Ao comparar em sites ou lojas físicas, 36% sempre ou frequentemente fornecem seus dados, enquanto 42% fornecem às vezes e 20%, nunca ou raramente o fazem.
Outros 37% responderam que sempre ou frequentemente utilizam a biometria; enquanto 30% usam às vezes e 29% raramente ou nunca usam. Ao comparar em sites ou lojas físicas, 36% sempre ou frequentemente fornecem seus dados, enquanto 42% fornecem às vezes e 20%, nunca ou raramente o fazem.
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