Publicado 24/02/2022 15:11 | Atualizado 24/02/2022 15:13
A taxa de desemprego caiu para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro, mas ainda atinge 12 milhões de pessoas. Já a taxa média do ano passado ficou em 13,2%, o que mostrou uma tendência de recuperação comparado a 2020 (13,8%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No entanto, o índice foi o segundo maior da série histórica iniciada em 2012, além da renda de trabalho da população também bater recorde.
O IBGE destacou que, embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid ainda não foi recuperado. “É um ano de recuperação para alguns indicadores, mas não é o ano de superação das perdas, até porque a pandemia não acabou, e seus impactos, ainda em curso, afetam diversas atividades econômicas e o rendimento do trabalhador. Há um processo de recuperação, mas ainda estamos distantes dos patamares de antes da pandemia”, destacou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Na pesquisa anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 11,6%, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Já em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,2%.
Embora o número de pessoas desempregadas tenha caído, a massa de salários diminuiu no país, derrubada pela renda do trabalho, que desceu à mínima histórica. A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 4,1 bilhões no período de um ano, para R$ 229,3 bilhões, uma queda de 1,8% no trimestre encerrado em dezembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.
Na comparação com o trimestre terminado em setembro, a massa de renda real caiu 0,6%, com R$ 1,306 bilhão a menos.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 3,6% na comparação com o trimestre até setembro, R$ 91 a menos, para R$ 2.447, o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a renda média caiu 10,7%, R$ 295 a menos.
A renda média real no País ficou em R$ 2.587 na média do ano de 2021, queda de 7% ante 2020. A massa de renda totalizou R$ 230,6 bilhões na média de 2020, recuo de 2,4% ante 2020.
Na comparação com o trimestre terminado em setembro, a massa de renda real caiu 0,6%, com R$ 1,306 bilhão a menos.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 3,6% na comparação com o trimestre até setembro, R$ 91 a menos, para R$ 2.447, o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a renda média caiu 10,7%, R$ 295 a menos.
A renda média real no País ficou em R$ 2.587 na média do ano de 2021, queda de 7% ante 2020. A massa de renda totalizou R$ 230,6 bilhões na média de 2020, recuo de 2,4% ante 2020.
Desalento
O Brasil alcançou 4,7 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em dezembro, segundo os dados do levantamento. O resultado significa 356 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em setembro, um recuo de 6,9%.
Em um ano, 950 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 16,6%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Em um ano, 950 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 16,6%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Desemprego por estados
A taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo em 15 das 27 unidades da Federação na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2021, segundo os dados do IBGE. As maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%).
Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%). A taxa de desemprego no Estado de São Paulo ficou em 11,1% no quarto trimestre, e, no Rio de Janeiro, em 14,2%. No total do país, a taxa de desocupação era de 11,1%.
Já a taxa de informalidade foi de 40,7% no total nacional. Os maiores resultados ocorreram no Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%).
Os locais com as menores taxas de informalidade foram Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%). A taxa de desemprego no Estado de São Paulo ficou em 11,1% no quarto trimestre, e, no Rio de Janeiro, em 14,2%. No total do país, a taxa de desocupação era de 11,1%.
Já a taxa de informalidade foi de 40,7% no total nacional. Os maiores resultados ocorreram no Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%).
Os locais com as menores taxas de informalidade foram Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
Desemprego por sexo
Apesar da melhora no mercado de trabalho, o desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no quarto trimestre de 2021.
A taxa de desocupação do País desceu de 12,6% no terceiro trimestre para 11,1% no quarto trimestre de 2021. Enquanto a taxa de desemprego foi de 9,0% para os homens no trimestre encerrado em dezembro, houve um resultado de 13,9% para as mulheres.
Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 9,0%, muito aquém do resultado para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,4%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,2%.
A taxa de desocupação do País desceu de 12,6% no terceiro trimestre para 11,1% no quarto trimestre de 2021. Enquanto a taxa de desemprego foi de 9,0% para os homens no trimestre encerrado em dezembro, houve um resultado de 13,9% para as mulheres.
Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 9,0%, muito aquém do resultado para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,4%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,2%.
Setores O comércio foi o setor que liderou a criação de vagas no trimestre encerrado em dezembro de 2021, com 602 mil admissões em relação ao trimestre terminado em setembro.
Na passagem do trimestre terminado em setembro para o trimestre encerrado em dezembro houve geração de vagas nas atividades: outros serviços (521 mil ocupados), indústria (213 mil), alojamento e alimentação (253 mil), transporte (58 mil), construção (242 mil), serviços domésticos (346 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (367 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (357 mil).
A única atividade com demissões foi a agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura, com 166 mil trabalhadores a menos.
Em relação ao patamar de um ano antes, houve ganhos em todas as atividades. A agricultura admitiu 381 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 214 mil trabalhadores a mais.
A construção contratou 1,1 milhão, o comércio absorveu 1,9 milhão. Alojamento e alimentação abriu 994 mil vagas, e serviços domésticos ganharam 1,028 milhão de trabalhadores.
A indústria contratou mais de 1 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras absorveu 768 mil. Transporte ganhou 441 mil vagas, e outros serviços admitiram 631 mil pessoas.
A única atividade com demissões foi a agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura, com 166 mil trabalhadores a menos.
Em relação ao patamar de um ano antes, houve ganhos em todas as atividades. A agricultura admitiu 381 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 214 mil trabalhadores a mais.
A construção contratou 1,1 milhão, o comércio absorveu 1,9 milhão. Alojamento e alimentação abriu 994 mil vagas, e serviços domésticos ganharam 1,028 milhão de trabalhadores.
A indústria contratou mais de 1 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras absorveu 768 mil. Transporte ganhou 441 mil vagas, e outros serviços admitiram 631 mil pessoas.
Falta de trabalho
No trimestre terminado em dezembro de 2021, faltou trabalho para 28,3 milhões de pessoas no país. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 26,5% no trimestre até setembro para 24,3% no trimestre até dezembro.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 28,8%.
Na média de 2021, a taxa de subutilização foi de 27,2%, a segunda maior da série histórica, atrás apenas de 2020, quando estava em 28,2%.
A população subutilizada caiu 7,8% ante o trimestre até setembro, 2,3 milhões de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até dezembro de 2020, houve um recuo de 12,9%, menos 2,2 milhões de pessoas. A taxa de desemprego média em 2021 ficou em 13,2%, também a segunda maior, atrás do recorde de 13,8% visto em 2020.
Na passagem do terceiro trimestre de 2021 para o quarto trimestre de 2021, a taxa de desocupação passou de 12,6% para 11,1%, a mais baixa desde o quarto trimestre de 2019, quando também estava em 11,1%.
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,7% no trimestre até dezembro de 2021, ante 8,4% no trimestre até setembro, conforme o IBGE.
Em todo o Brasil, há 7,3 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até setembro para o trimestre até dezembro, houve um recuo de 402 mil pessoas na população nessa condição. No entanto, o país tem 504 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a mais em um ano.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 28,8%.
Na média de 2021, a taxa de subutilização foi de 27,2%, a segunda maior da série histórica, atrás apenas de 2020, quando estava em 28,2%.
A população subutilizada caiu 7,8% ante o trimestre até setembro, 2,3 milhões de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até dezembro de 2020, houve um recuo de 12,9%, menos 2,2 milhões de pessoas. A taxa de desemprego média em 2021 ficou em 13,2%, também a segunda maior, atrás do recorde de 13,8% visto em 2020.
Na passagem do terceiro trimestre de 2021 para o quarto trimestre de 2021, a taxa de desocupação passou de 12,6% para 11,1%, a mais baixa desde o quarto trimestre de 2019, quando também estava em 11,1%.
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,7% no trimestre até dezembro de 2021, ante 8,4% no trimestre até setembro, conforme o IBGE.
Em todo o Brasil, há 7,3 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até setembro para o trimestre até dezembro, houve um recuo de 402 mil pessoas na população nessa condição. No entanto, o país tem 504 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a mais em um ano.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.