Publicado 08/03/2022 16:00
Rio - Quase 60% das famílias de baixa renda começaram 2022 inadimplentes, de acordo com um quesito especial da Sondagem do Consumidor apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre os principais motivos apontados para o atraso no pagamento de dívidas, estão a inflação e a dificuldade em aumentar a renda.
Se considerado todo o universo da pesquisa, 32% dos entrevistados afirmaram que havia pelo menos uma pessoa de sua residência com dívidas em atraso. A inflação foi o principal motivo apontado pelos consumidores como justificativa para o atraso no pagamento de contas (mencionado por 30,1%), seguida pela dificuldade em aumentar a renda (25,6%) e dificuldade em conseguir emprego (16,5%).
A Sondagem do Consumidor separa os consumidores em quatro faixas de renda familiar. No grupo mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, 57,7% tinham alguém na família com dívidas em atraso. Na faixa com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 mensais, 38,5% declararam morar com alguém inadimplente.
No grupo que recebe de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00 mensais, 23,8% dos lares tinham alguém com dívida em atraso. Já na faixa mais rica, que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, apenas 10,2% das famílias tinham algum nível de inadimplência.
Segundo a FGV, o quesito especial foi incluído na pesquisa de janeiro, quando foram coletadas informações de 1.465 domicílios, entre os dias 01 e 22 daquele mês.
Se considerado todo o universo da pesquisa, 32% dos entrevistados afirmaram que havia pelo menos uma pessoa de sua residência com dívidas em atraso. A inflação foi o principal motivo apontado pelos consumidores como justificativa para o atraso no pagamento de contas (mencionado por 30,1%), seguida pela dificuldade em aumentar a renda (25,6%) e dificuldade em conseguir emprego (16,5%).
A Sondagem do Consumidor separa os consumidores em quatro faixas de renda familiar. No grupo mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, 57,7% tinham alguém na família com dívidas em atraso. Na faixa com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 mensais, 38,5% declararam morar com alguém inadimplente.
No grupo que recebe de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00 mensais, 23,8% dos lares tinham alguém com dívida em atraso. Já na faixa mais rica, que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, apenas 10,2% das famílias tinham algum nível de inadimplência.
Segundo a FGV, o quesito especial foi incluído na pesquisa de janeiro, quando foram coletadas informações de 1.465 domicílios, entre os dias 01 e 22 daquele mês.
Como se livrar das dívidas
Educadora financeira e idealizadora do Instituto Soaper, Aline Soaper avalia que o principal caminho para sair do endividamento, em um momento de inflação alta, é gerar uma nova fonte de renda. "A gente sabe que, mesmo que essa pessoa comece a economizar, ela não tem renda suficiente para sua necessidade básica. Por isso, é importante que as pessoas estejam atentas à capacitação profissional, em busca de aumentar a renda e conseguir promoções no trabalho ou até mesmo empreender, para conseguir dar conta dos compromissos financeiros", indica.
Marlon Glaciano, especialista em finanças e planejador financeiro, orientou que, para se livrar da inadimplência, é importante entender o cenário financeiro atual, detalhando todos os compromissos financeiros. Depois disso, o consumidor deve compreender o que de fato deve ser obrigatório, "cortando os supérfluos nesse primeiro momento", explica, acrescentando que "se estiver superendividado, busque o credor para negociar um acordo".
Os especialistas recomendam fazer um planejamento financeiro para que o consumidor tenha um controle sobre os seus gastos. Segundo a idealizadora do Instituto Soaper, o planejamento financeiro para uma família de baixa renda é sempre mais apertado e deve incluir todos os membros da casa. "Se há três pessoas na família que trabalham, esse plano deve ser feito em conjunto, para que não pese para nenhuma das pessoas", afirma Aline.
Além disso, de acordo com ela, é importante que a família se reúna, com o objetivo de aumentar essa renda, para que eles tenham uma qualidade de vida melhor. "É indicado também evitar os excessos, mesmo diante da facilidade de crédito, mantendo o autocontrole e seguindo o planejamento que foi feito, para que todos consigam caminhar juntos, buscando aumentar a renda e ter uma renda mais confortável", finaliza Aline.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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