Publicado 11/03/2022 17:00
O custo com alimentos ficou ainda mais pesado no bolso do consumidor no mês de fevereiro, de acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste mês. Em comparação a janeiro, a cenoura foi a campeã dos preços elevados, com alta de mais de 55%, seguida pela batata-inglesa (23,49%) e hortaliças e verduras (15,42%).
O cenário foi causado pelas fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo, Minas Gerais e o sul da Bahia desde o fim de 2021. “Quando chove muito, os produtos estragam, apodrecem e são ruins de colher”, explica o consultor de varejo Marco Quintarelli.
O cenário foi causado pelas fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo, Minas Gerais e o sul da Bahia desde o fim de 2021. “Quando chove muito, os produtos estragam, apodrecem e são ruins de colher”, explica o consultor de varejo Marco Quintarelli.
Esse já é o segundo aumento dos legumes desde o início do ano. Em janeiro, a cenoura subiu mais de 27% e a batata-inglesa 9,65%. Diante da disparada dos preços, a expectativa é de que o brasileiro diminua o consumo desses itens nos próximos meses em uma tentativa de economizar. Mesmo assim, a estratégia não deve poupar muito, pois os produtos derivados dos legumes, verduras e hortaliças também podem aumentar.
“Isso pode ter impacto até nos preços do prato feito (PF) nos restaurantes, já que a batata frita vai ficar mais cara”, lembra o professor de economia do IBMEC, Caio Ferrari Ferreira.
Por outro lado, os valores elevados incentivam a produção dos itens, o que pode puxar os preços para baixo. “Muito provavelmente esses valores tendem a se estabilizar à medida que os produtores aumentarem a sua produção, porque a lucratividade ficou maior. Então, teoricamente eles vão ter um lucro maior com preços mais altos”, explica Ferreira.
O impacto do clima sobre legumes, verduras e hortaliças deve ser percebido pelo consumidor até a metade de abril, estima Quintarelli que emenda: “Vamos torcer para as chuvas diminuírem”.
No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia também deve contribuir para que os preços dos produtos se mantenham altos. Isso porque a Rússia, um dos principais exportadores de fertilizantes do mundo, está passando por fortes sanções econômicas, o que deve prejudicar o comércio do insumo. Com isso, a produção de legumes em larga escala fica quase inviável.
“Na ausência de fertilizantes, a qualidade da safra por espaço físico, a produtividade, tende a ser menor e isso pode pressionar o aumento de preços. Mesmo em um cenário em que o insumo seja utilizado, a gente pode ter um impacto no custo de produção, pois há uma expectativa de que o valor dos fertilizantes aumente”, afirma o professor que alerta sobre a possibilidade do cenário econômico russo refletir na “escassez de produção de alguns itens”.
Nem as reduções de 2,29% sobre o preço do frango inteiro e de 1,35% na ave em pedaços trazem uma boa notícia ao consumidor. Isso porque os valores observados pelo IPCA em fevereiro não devem se manter nos próximos meses. É o que explica o professor do IBMEC: “Agora, a gente já está em um cenário de guerra, provavelmente de escassez em algumas regiões, e a gente espera que aumente a quantidade de frango exportada”. A ave foi o único alimento que apresentou queda de preços.
“Isso pode ter impacto até nos preços do prato feito (PF) nos restaurantes, já que a batata frita vai ficar mais cara”, lembra o professor de economia do IBMEC, Caio Ferrari Ferreira.
Por outro lado, os valores elevados incentivam a produção dos itens, o que pode puxar os preços para baixo. “Muito provavelmente esses valores tendem a se estabilizar à medida que os produtores aumentarem a sua produção, porque a lucratividade ficou maior. Então, teoricamente eles vão ter um lucro maior com preços mais altos”, explica Ferreira.
O impacto do clima sobre legumes, verduras e hortaliças deve ser percebido pelo consumidor até a metade de abril, estima Quintarelli que emenda: “Vamos torcer para as chuvas diminuírem”.
No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia também deve contribuir para que os preços dos produtos se mantenham altos. Isso porque a Rússia, um dos principais exportadores de fertilizantes do mundo, está passando por fortes sanções econômicas, o que deve prejudicar o comércio do insumo. Com isso, a produção de legumes em larga escala fica quase inviável.
“Na ausência de fertilizantes, a qualidade da safra por espaço físico, a produtividade, tende a ser menor e isso pode pressionar o aumento de preços. Mesmo em um cenário em que o insumo seja utilizado, a gente pode ter um impacto no custo de produção, pois há uma expectativa de que o valor dos fertilizantes aumente”, afirma o professor que alerta sobre a possibilidade do cenário econômico russo refletir na “escassez de produção de alguns itens”.
Nem as reduções de 2,29% sobre o preço do frango inteiro e de 1,35% na ave em pedaços trazem uma boa notícia ao consumidor. Isso porque os valores observados pelo IPCA em fevereiro não devem se manter nos próximos meses. É o que explica o professor do IBMEC: “Agora, a gente já está em um cenário de guerra, provavelmente de escassez em algumas regiões, e a gente espera que aumente a quantidade de frango exportada”. A ave foi o único alimento que apresentou queda de preços.
*Estagiária sob supervisão de Marina Cardoso
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