Publicado 25/03/2022 10:07
O dólar opera em baixa na manhã desta sexta-feira, 25, alinhado à tendência da moeda americana no exterior em meio à queda de cerca de 3% do petróleo e avanço do minério de ferro e um ambiente de apetite por ativos de risco. Os contratos futuros do petróleo aceleraram perdas nas últimas horas, após EUA e União Europeia (UE) anunciarem um acordo para Washington ampliar o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) para o bloco, mas sem fazer menção a novas sanções contra o petróleo russo.
O IPCA-15 de março desacelerou para 0,95%, ante 0,99% em fevereiro, mas ainda ficou acima da mediana do mercado (+0,86%) e dentro do intervalo (0,72% a 1,07%) das expectativas captadas pelo Projeções Broadcast. O resultado da prévia de inflação do País é o maior para o mês desde 2015 (1,24%).
No ano, o IPCA-15 acumula aumento de 2,54% e, em 12 meses, a taxa ficou em 10,79% - maior desde fevereiro de 2016 (10,84%) -, e acima também da mediana esperada (10,69%) e dentro do intervalo das projeções (+10,53% a +10,90%) do mercado.
Apesar da desaceleração na margem, a difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) avançou a 75% em março, de 69% em fevereiro, segundo os cálculos do economista da Terra Investimentos Homero Guizzo. A taxa mede a proporção dos 367 subitens do indicador com variação positiva no período.
Na contramão da queda do petróleo, o preço do minério de ferro negociado em Cingapura, com entrega para abril, fechou em queda de 3,43% nesta sexta-feira, cotado a US$ 154,05 a tonelada, informou um operador. Também no mercado futuro, a commodity negociada na bolsa de Dalian com entrega para maio teve alta de 3,9%, para 858 yuanes, o equivalente a US$ 134,82 por tonelada, afirmou outro profissional. No porto de Qingdao, onde a matéria-prima é negociada no mercado à vista, as operações seguem restritas e sem preços atualizados, afirmam analistas.
O Banco Central informou nesta manhã que vai atrasar hoje a divulgação do fluxo cambial, por causa da continuidade da operação-padrão dos funcionários da instituição. A divulgação dos dados estava prevista para a tarde de quarta-feira (23), mas foi reprogramada para as 9h30 de hoje e, agora, só sairá às 12h, de acordo com o BC. Na quinta-feira o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reconheceu o direito dos servidores da instituição em reivindicarem melhorias de salários, mas não sinalizou qualquer avanço nas negociações com a categoria. Ele ainda deixou claro que a autoridade monetária tem "esquemas de contingência" para continuar funcionando caso o movimento evolua para uma greve geral dos funcionários.
Às 9h30 desta sexta, o dólar à vista caía 0,64%, a R$ 4,8005. O dólar futuro para abril cedia 0,59%, a R$ 4,8010.
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