Publicado 23/04/2022 18:42 | Atualizado 23/04/2022 18:49
Rio - O Brasil ocupa a terceira posição no ranking que lista os países com a gasolina mais cara do mundo. A lista é composta por 29 países mais a zona do euro, segundo cálculos da Oxford Economics divulgados pelo jornal Valor. A pesquisa leva em consideração o poder de compra dos cidadãos e o valor do litro do combustível.
Segundo os economistas, em seis anos o preço da gasolina disparou 57% e tende a subir ainda mais se a Petrobras decidir seguir com a política de paridade internacional. O preço de um litro de gasolina comum equivale a 9% do salário médio diário no Brasil, empatando com o Paquistão e atrás apenas de Filipinas (19%) e Indonésia (13%), de acordo com Marcos Casarin, economista-chefe para América Latina, e Felipe Camargo, economista-sênior para a região.
O custo do combustível no Brasil é maior do que em outros pares latino-americanos e emergentes, como México (7%), Turquia (5%), Chile (3%), Rússia (3%), África do Sul (2%) e Colômbia (1%), e também do que na China (6%) e na zona do euro (2%).
Desde outubro de 2016, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30%.
Os economistas lembram que antes disso a empresa mantinha um regime de "flutuação suja" dos preços dos combustíveis, que visava suavizar os repasses aos consumidores.
Segundo os economistas, em seis anos o preço da gasolina disparou 57% e tende a subir ainda mais se a Petrobras decidir seguir com a política de paridade internacional. O preço de um litro de gasolina comum equivale a 9% do salário médio diário no Brasil, empatando com o Paquistão e atrás apenas de Filipinas (19%) e Indonésia (13%), de acordo com Marcos Casarin, economista-chefe para América Latina, e Felipe Camargo, economista-sênior para a região.
O custo do combustível no Brasil é maior do que em outros pares latino-americanos e emergentes, como México (7%), Turquia (5%), Chile (3%), Rússia (3%), África do Sul (2%) e Colômbia (1%), e também do que na China (6%) e na zona do euro (2%).
Desde outubro de 2016, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30%.
Os economistas lembram que antes disso a empresa mantinha um regime de "flutuação suja" dos preços dos combustíveis, que visava suavizar os repasses aos consumidores.
"Como resultado [do PPI], o combustível agora representa uma parcela maior dos orçamentos das famílias do que qualquer país comparável no mundo, exceto a Indonésia e as Filipinas", afirmam. "Os custos mais altos de combustível espremeram outros gastos, a ponto de o brasileiro médio agora gastar mais em transporte do que em alimentação ou aluguel."
O estudo estima que as eleições atrasem novos reajustes, e, com isso, a gasolina deve se manter no patamar atual de R$ 7.219, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
"Usando as previsões de base da Oxford Economics para os preços do petróleo e a taxa de câmbio, descobrimos que, mantendo os preços da gasolina estáveis até o fim do ano, a Petrobras estaria de fato subsidiando os preços em uma média de 18% nos próximos nove meses. Ou seja, se a Petrobras nivelasse os preços domésticos até o fim do ano, o custo do litro de gasolina teria que subir para R$ 8,63/litro", apontam.
Segundo o último relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina não está defasada do preço internacional, mas o diesel acumula 10% de diferença, ou seja, R$ 0,50 mais barato do que deveria, se seguisse os parâmetros internacionais.
"Apesar da estabilização do preço redução do câmbio, com a redução dos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, as defasagens caminharam para paridade, o que inviabiliza parte das operações de importação. Defasagem média de -10% no óleo diesel e de 0% para a gasolina", diz a associação.
"Usando as previsões de base da Oxford Economics para os preços do petróleo e a taxa de câmbio, descobrimos que, mantendo os preços da gasolina estáveis até o fim do ano, a Petrobras estaria de fato subsidiando os preços em uma média de 18% nos próximos nove meses. Ou seja, se a Petrobras nivelasse os preços domésticos até o fim do ano, o custo do litro de gasolina teria que subir para R$ 8,63/litro", apontam.
Segundo o último relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina não está defasada do preço internacional, mas o diesel acumula 10% de diferença, ou seja, R$ 0,50 mais barato do que deveria, se seguisse os parâmetros internacionais.
"Apesar da estabilização do preço redução do câmbio, com a redução dos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, as defasagens caminharam para paridade, o que inviabiliza parte das operações de importação. Defasagem média de -10% no óleo diesel e de 0% para a gasolina", diz a associação.
*Com informações do Brasil Econômico
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