Deputados comemoram a aprovação do piso salarial para enfermagemDivulgação / Câmara dos Deputados
Publicado 05/05/2022 11:50 | Atualizado 05/05/2022 11:51
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) a criação do piso salarial de enfermeiros, técnicos de enfermagem e parteiras (PL 2564/20). Foram 449 votos a favor e 12 contra. Agora, a proposta deve seguir para sanção do presidente Jair Bolsonaro, mas a criação do projeto ainda depende de acordo sobre fontes de financiamento.
A relatora do projeto, a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) disse que o piso salarial irá à sanção presidencial somente após a votação da PEC 122/15, do Senado, que proíbe a União de criar despesas aos demais entes federativos sem prever a transferência de recursos para o custeio.

"Não será na semana que vem que este projeto seguirá para sanção presidencial, mas sim tão logo garantirmos o respectivo financiamento", disse Zanotto.

O projeto define o valor de R$ 4.750, como salário mínimo inicial a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados para enfermeiros. Para técnico em enfermagem, o valor é de R$ 3.325, e para auxiliar de enfermagem e parteira, o mínimo é de R$ 2.375. O cálculo foi feito com base em proporcionalidade, 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

Representantes da categoria acompanharam a votação e que participaram de uma sessão solene no Plenário em homenagem à Semana Brasileira da Enfermagem. O deputado Bohn Gass (PT-RS) disse que é necessário manter a mobilização dos enfermeiros para garantir que não haja veto do presidente da República.
“Esta mobilização precisa continuar para que, votado no dia de hoje, o piso para a enfermagem não tenha por parte de Bolsonaro o veto, já que Bolsonaro tem vetado questões importantes”, disse.
Já o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, alegou que há empenhado em buscar fontes de financiamento para o piso salarial e que uma opção pode ser a legalização dos jogos de azar no País. "São R$ 16 bilhões que estão aguardando a fonte de recursos, e nós estamos trabalhando demoradamente e insistentemente na busca de recursos para garantir que as conquistas sejam efetivas", declarou.


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