Publicado 27/06/2022 09:41 | Atualizado 27/06/2022 09:42
Em 2021, o Brasil atingiu o segundo lugar entre os países que mais sofreram ataques virtuais criminosos na América Latina e Caribe, de acordo com levantamento feito pela Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, ganhando uma posição desde o início da pandemia de Covid-19. Por aqui, foram registrados 88,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no ano passado, um aumento de mais de 950% com relação a 2020. Números que saltam aos olhos das empresas que buscam proteger seus dados sigilosos, intensificando a corrida pelo Seguro Cibernético, esta nova modalidade do segmento, fazendo com que a procura por seguros tenha um aumento de 40% no primeiro trimestre deste ano, como revela pesquisa da Confederação Nacional de Seguros.
O isolamento social e a quarentena provocaram o uso exponencial da internet e das redes de computadores: manter-se conectado se tornou essencial para estudar, trabalhar ou se divertir. Mas este movimento revelou também muitas fragilidades nos sistemas de informações de companhias que precisaram autorizar o uso remoto de suas redes, criando brechas para a atuação dos cibercriminosos e, consequentemente, gerando um aumento nos crimes digitais.
Segundo os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o ano de 2020 apresentou um crescimento de 265% nos crimes praticados no ambiente virtual no estado. Já no Rio de Janeiro, os casos de golpe na internet sofreram um aumento de 11,8% do total de crimes, de acordo com o Instituto de Segurança Pública Instituto de Segurança Pública (ISP), e Minas Gerais registrou alta de 50% no mesmo ano, segundo informações da polícia civil.
Os ataques cibernéticos têm por objetivo principal se apropriar de informações e dados sigilosos, e estão se tornando cada vez mais comuns. Para romper este ciclo, consumidores e empresas têm recorrido a diversas formas de proteção de dados.
Ao longo dos anos, empresas de seguros têm se adaptado à realidade e às necessidades de seus clientes, propondo soluções que mitiguem futuros problemas. Agora, mais do que acompanhar a evolução da sociedade e de suas necessidades, é preciso antecipar-se a elas para garantir proteção securitária aos clientes. E é neste cenário que os ciberseguros surgem e ganham espaço como uma modalidade inovadora do segmento para proteção de dados sigilosos. Somente nos primeiros três meses de 2022, a procura por seguros cibernéticos cresceu 41,5% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
'Esta linha de pensamento conduziu as seguradoras a um novo patamar e possibilitou, através de parceria com o mercado, a criação de serviços e produtos complementares dedicados a esta nova modalidade de risco, como é o caso do Cyber Risk', explica Gerson Rebello, sócio da Unigets Seguros.
O Cyber Risk tem por objetivo cobrir prejuízos causados por ataques cibernéticos de diversas naturezas. 'Este é um tema que está entre as mais recentes preocupações das empresas, já que os ataques hacker cresceram mais de 200% desde o início da pandemia, e por mais que busquem ferramentas para deixar seus dados mais seguros, os riscos de uma invasão são cada vez mais reais', revela Roberto Faria, sócio da Unigets Seguros.
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