Publicado 12/07/2022 18:36
O dólar emendou mais um pregão de forte alta na sessão desta terça-feira, 12, e voltou a ultrapassar a linha de R$ 5,40, alcançando o maior valor de fechamento desde 26 de janeiro Uma vez mais, o real e seus pares emergentes sofreram com o tombo das commodities diante dos temores de que o mundo amargue uma recessão, agravados por novas medidas restritivas na China para combate a surto de Covid-19 e dados fracos de atividade na Europa.
A perspectiva de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em junho, que será divulgada amanhã, apresente a maior alta anualizada em 40 anos, hipótese admitida até pelo presidente americano, Joe Biden, alimenta a busca global pela moeda americana. Referência do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, o índice DXY operava em leve alta no fim da tarde, acima dos 108,100 pontos.
Pela manhã, o euro atingiu a paridade com o dólar, ou seja, o valor de 1 por 1, pela primeira vez desde 2002, sob impacto do resultado do índice ZEW de expectativas da Alemanha abaixo do esperado em julho (-53,8 pontos). Paira sobre a região o temor de que, após o período de manutenção do gasoduto Nord Stream 1 (até 21 de julho), a Rússia não retome totalmente o fornecimento de gás à Europa.
Por aqui, o dólar já abriu em alta firme, superando a linha de R$ 5,40. Após passar a tarde rodando entre R$ 5,41 e R$ 5,42, acelerou na última hora de negócios com piora do sentimento externo e tocou máxima a R$ 5,4431 (+1,34%). No fim do dia, a moeda avançava 1,27%, cotada a R$ 5,4391. Com isso, a divisa acumula valorização de 3,25% nos dois primeiros pregões desta semana.
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