Publicado 22/08/2022 18:34
A tecnologia 5G de telefonia móvel começou a funcionar na cidade do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 22. O sinal da internet de quinta geração é oferecido pelas operados TIM, Vivo e Claro.
O novo sistema de internet móveloferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps) — dez vezes superior ao sinal 4G — com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. Além disso, o sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados.
De acordo com a TIM, o Rio de Janeiro é a terceira cidade do Brasil a ter o sinal de 5G em todos os seus bairros. "Para o início da operação, a TIM instalou 628 antenas na Cidade Maravilhosa, nos 164 bairros cariocas, reforçando a sua vocação tecnológica e de vanguarda no país", afirmou em nota. Segundo a operadora, cerca de 83% da população terá acesso à nova tecnologia.
A Claro divulgou por meio de nota que a cobertura 5G já está presente nos seguintes bairros: Bangu, Botafogo, Barra da Tijuca, Campo Grande, Copacabana, Flamengo, Guaratiba, Inhaúma, Ipanema, Jacarepaguá, Lagoa, Laranjeira, Leblon, Meier, Pavuna, Recreio, São Conrado e Tijuca.
De acordo com a operadora, "70% dos aparelhos vendidos pela Claro são compatíveis com o 5G+. E, por oferecer opções desde o lançamento 5G DSS, a operadora já possui cerca de 2,6 milhões de smartphones compatíveis em operação em sua rede."
A Vivo possui, por enquanto, cobertura nos seguintes bairros: Barra da Tijuca, Botafogo, Centro, Copacabana, Flamengo, Gávea, Glória Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Recreio dos Bandeirantes, São Conrado, Vidigal.
"Atualmente, a Vivo tem em sua base cerca de três milhões de clientes com aparelhos compatíveis 5G", ressaltou a companhia por meio de nota. A operadora também acredita que a nova tecnologia realize download de um arquivo de 1GB em aproximadamente dez segundos, dependendo do volume de tráfego no momento.
Para ter acesso à tecnologia 5G, o cliente deve ter um chip e um aparelho compatível com a conexão. Até o momento, a Anatel já certificou e homologou 83 modelos de aparelhos celulares. Veja a lista no site.
Para o especialista Bruno Feigelson, doutor e mestre em direito pela Uerj, para o consumidor, um dos principais pontos positivos da nova tecnologia será a redução no "tempo de latência". Ou seja, a internet será mais rápida e trará mais benefícios também em grandes eventos onde se encontram um maior número de usuários.
"É interessante notar que um dos principais aspectos relacionados à implementação do 5G diz respeito ao tempo de latência, que é esse tempo de transmissão das informações. Por que ele é tão relevante? São principalmente novos modelos de negócios que a gente está imaginando. Imagina, por exemplo, um carro autônomo. Neste caso, o tempo de latência ele é fundamental. O mesmo vale para uma cirurgia com um braço mecânico operado a distância por um médico. Então, o que é importante nisso? Hoje, a internet tem um certo nível de latência. A gente viu durante a pandemia, durante as teleconferência, quando a latência muitas vezes atrapalhava. Isso fazia com que tais modelos de negócio tornassem inviáveis. Com o 5G, o problema desaparece", afirmou.
Segundo Feigelson, o 5G tornará a internet quase "instantânea".
"É legal comparar com a internet discada. Para baixar uma foto, demorava alguns minutos. Era impossível ter streaming naquela época. Basicamente a internet 5G vai diminuir esse prazo de latência e tornar a internet quase que instantânea entre a transmissão e a recepção. Vai permitir com que a gente tenha muitos modelos de negócios que hoje não são possíveis", explica
O especialista aponta outra vantagem gerada pela internet 5G, a chamada internet das coisas.
"Internet das coisas é a possibilidade de os dispositivos estarem conectados à internet. Os aparelhos podem ter várias aplicabilidades, se autoconectando e permitirem muitas aplicações automatizáveis", explica o especialista.
As cidades que já possuem a nova tecnologia são Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, João Pessoa, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. O início da operação do 5G no Brasil ocorreu no dia 6 de julho, com a ativação do sinal em Brasília. O prazo final para a liberação da nova tecnologia nas demais capitais foi adiado para 28 de outubro, segundo aAgência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
*Estagiária sob supervisão de Marlucio Luna
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