Publicado 14/09/2022 12:44
Rio - Cariocas voltaram a enfrentar longas filas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), em diversos bairros do Rio, nesta quarta-feira (14), para conseguir realizar atualizações no CadÚnico.
No Cras Oswaldo Antonio Ferreira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, beneficiários que passaram a madrugada aguardando a abertura do posto reclamaram da escassez de atendimento e cobraram ações da prefeitura para normalizar a situação. Algumas pessoas chegaram no fim da tarde de terça-feira (13) para garantir um lugar na fila.
"O funcionário falou que são só 60 pessoas por dia. Perguntei se eu poderia ficar na fila esperando até todos serem atendidos e eu ser a última, mas ele disse que não tinha como, são só 60 pessoas. Esse que é o ruim. Ele me falou para chegar um dia antes porque as pessoas estão chegando no dia anterior", contou Claudia Lima, de 39 anos, que está desempregada.
"No momento estou precisando muito. Eu quero fazer o cadastro. Eu tinha o antigo, só que, como mudou tudo com o novo governante, tem que atualizar tudo. Eles querem que você só dependa disso, mas a gente queria trabalhar e também ter esse benefício. O antigo Bolsa Família não era para manter a criança na escola? Então, a gente queria ter nosso salário e continuar com a ajuda, que sempre é bem-vinda. Não é para a criança? Para manter a criança na escola? Eu ia gostar assim. Mas não, se você trabalhar, você perde. Agora que mudou, dizem que até com carteira assinada dá para continuar a receber o benefício. Antes eles queriam que você dependesse dessa merreca", desabafou Claudia.
Solange Monteiro, 63, que também está desempregada, conseguiu ser atendida após chegar com quatro horas de antecedência: "O campo de trabalho para gente está muito difícil. Passou dos 60 anos, não tem mais emprego, tem que depender da ajuda do governo. Você tem que se sujeitar a chegar aqui 4h porque, se chegar mais tarde, não dá. Cheguei por volta de 4h30 e fui a sexta a ser atendida. O atendimento é bom, o sacrifício é ficar aqui na chuva como foi essa madrugada, mas os funcionários tratam a gente muito bem. É um sacrifício grande, mas consegui resolver, graças a Deus."
No Cras Nelson Mandela, em Bonsucesso, na Zona Norte, a situação foi ainda pior, com aglomerações maiores desde a madrugada e denúncia de venda de senhas. Segundo relatos, uma mulher estaria voltando ao Centro todas as noites para garantir um lugar na fila e vendê-lo em seguida. A unidade é muito procurada principalmente por moradores do Complexo da Maré.
Também houve registro de longas filas nas unidades de Santa Cruz e Bangu. Em alguns casos, os moradores combinam de ir juntos e levam cadeiras de praia e comida para compartilharem durante a espera.
No Cras Oswaldo Antonio Ferreira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, beneficiários que passaram a madrugada aguardando a abertura do posto reclamaram da escassez de atendimento e cobraram ações da prefeitura para normalizar a situação. Algumas pessoas chegaram no fim da tarde de terça-feira (13) para garantir um lugar na fila.
"O funcionário falou que são só 60 pessoas por dia. Perguntei se eu poderia ficar na fila esperando até todos serem atendidos e eu ser a última, mas ele disse que não tinha como, são só 60 pessoas. Esse que é o ruim. Ele me falou para chegar um dia antes porque as pessoas estão chegando no dia anterior", contou Claudia Lima, de 39 anos, que está desempregada.
"No momento estou precisando muito. Eu quero fazer o cadastro. Eu tinha o antigo, só que, como mudou tudo com o novo governante, tem que atualizar tudo. Eles querem que você só dependa disso, mas a gente queria trabalhar e também ter esse benefício. O antigo Bolsa Família não era para manter a criança na escola? Então, a gente queria ter nosso salário e continuar com a ajuda, que sempre é bem-vinda. Não é para a criança? Para manter a criança na escola? Eu ia gostar assim. Mas não, se você trabalhar, você perde. Agora que mudou, dizem que até com carteira assinada dá para continuar a receber o benefício. Antes eles queriam que você dependesse dessa merreca", desabafou Claudia.
Solange Monteiro, 63, que também está desempregada, conseguiu ser atendida após chegar com quatro horas de antecedência: "O campo de trabalho para gente está muito difícil. Passou dos 60 anos, não tem mais emprego, tem que depender da ajuda do governo. Você tem que se sujeitar a chegar aqui 4h porque, se chegar mais tarde, não dá. Cheguei por volta de 4h30 e fui a sexta a ser atendida. O atendimento é bom, o sacrifício é ficar aqui na chuva como foi essa madrugada, mas os funcionários tratam a gente muito bem. É um sacrifício grande, mas consegui resolver, graças a Deus."
No Cras Nelson Mandela, em Bonsucesso, na Zona Norte, a situação foi ainda pior, com aglomerações maiores desde a madrugada e denúncia de venda de senhas. Segundo relatos, uma mulher estaria voltando ao Centro todas as noites para garantir um lugar na fila e vendê-lo em seguida. A unidade é muito procurada principalmente por moradores do Complexo da Maré.
Também houve registro de longas filas nas unidades de Santa Cruz e Bangu. Em alguns casos, os moradores combinam de ir juntos e levam cadeiras de praia e comida para compartilharem durante a espera.
O funcionamento dos Centros foi retomado no dia 6 de setembro, após ficar suspenso por 21 dias, devido a um ataque hacker ao banco de dados da prefeitura. Após o retorno, de acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, o atendimento foi limitado a 60 pessoas por dia. Ainda não há previsão de normalização do sistema.
Em nota, a prefeitura informou que abrirá oitos polos de atendimento especial para o CadÚnico nos próximos dois sábados, dias 17 e 24 de setembro, mas ainda não divulgou os locais nem o horário de funcionamento deles.
Em nota, a prefeitura informou que abrirá oitos polos de atendimento especial para o CadÚnico nos próximos dois sábados, dias 17 e 24 de setembro, mas ainda não divulgou os locais nem o horário de funcionamento deles.
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