Publicado 14/09/2022 16:08
O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu para um eventual próximo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) acelerar privatizações, abrir mais a economia e reindustrializar o Brasil com base em energia barata e renovável. As afirmações foram feitas durante premiação da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), nesta quarta-feira, 13, em um hotel da Zona Sul do Rio de Janeiro. Guedes recebeu o prêmio de Personalidade do Ano do Comércio Exterior.
Segundo o ministro, as reformas feitas nos últimos anos, como a da Previdência, do pacto federativo e reformas setoriais, como marco do saneamento, no setor de energia, 5G, cabotagem, garantiram R$ 900 bilhões em investimentos ao País nos próximos dez anos. "Isso é R$ 90 bilhões ao ano, sem considerar os bônus de assinatura", disse Guedes.
Ele voltou a adotar tom de campanha ao dizer, nesta quarta-feira, que a democracia brasileira se fortalece com a presença de uma aliança liberal-conservadora após 30 anos de social democracia. Nesse período, disse Guedes, o Brasil foi um "democrata saci-pererê, que pulava só com a perna esquerda". "Sempre fico muito seguro da resiliência do Brasil, da capacidade da nossa democracia de absorver choques. Estamos mais fortes, porque antes só tínhamos uma perna. O Brasil era o democrata saci-pererê, que só pulava com a perna esquerda. Agora temos os conservadores, os liberais, após 30 anos de social democracia", comentou.
Como disse pela manhã na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Guedes afirmou que o País já conhece o programa da candidatura Bolsonaro e que, após 40 anos de expansão de gastos, era preciso caminhar em outra direção, o que teria sido inaugurado no atual governo.
Em longo elogio ao governo federal, ele destacou que o Brasil foi dos países que mais vacinou contra a Covid-19, manteve os gastos controlados, pagou despesas e tem preservado empregos. "Estamos criando mais de 700 mil empregos por mês, o dobro dos Estados Unidos. O Brasil estava de joelhos quando chegamos, antes da pandemia", comparou.
Ao abordar um dos calcanhares de Aquiles do governo Bolsonaro, a condução da pandemia, Guedes disse que não faltaram recursos para a Saúde, com aumento dos repasses para o setor de 19% para 26,5% durante a crise.
O ministro fez, ainda, um mea culpa sobre o controle crescente do orçamento pelo Congresso Nacional. "Quem manda não é o ministro do Planejamento, mas a política. O Brasil crescia mais quando não tinha ministério do planejamento", disse Guedes
Na premiação da Funcex, também foi agraciado o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, na categoria principal. Estavam presentes na cerimônia o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello e a presidente da Caixa, Daniela Marques.
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