Publicado 30/09/2022 19:44
O mercado financeiro teve um dia de volatilidade na última sessão antes do primeiro turno das eleições presidenciais. O dólar fechou estável, depois de subir até o início da tarde e cair em seguida. A bolsa de valores teve forte recuperação, impulsionada por ações de mineradoras e de varejistas.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou nesta sexta-feira, 30, aos 110.037 pontos, com alta de 2,2%. O indicador iniciou o dia estável, mas passou a subir ainda durante a manhã, ajudado por ações de varejistas e de mineradoras, que aproveitaram a recuperação das commodities e a expectativa de queda dos juros após o Banco Central (BC) encerrar o ciclo de alta da Selic (juros básicos da economia).
A bolsa brasileira encerrou setembro com alta de 0,7%. Ontem, o Ibovespa tinha chegado ao menor nível desde o início de agosto.
O mercado de câmbio também teve um dia volátil. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,39, com queda de apenas 0,02%. Até o início da tarde, a cotação operou acima de R$ 5,40, mas caiu para R$ 5,33 por volta das 14h30, com base em notícias sobre a futura equipe econômica a partir de 2023. Como as informações não se confirmaram, a moeda reverteu a queda e fechou estável.
Com o desempenho de hoje, o dólar encerrou setembro com alta de 3,7%. A moeda norte-americana alternou altas e baixas ao longo do mês, chegando a cair para R$ 5,09 no último dia 12. No entanto, o agravamento das tensões na economia internacional, com ameaças de recessão na Europa e nos Estados Unidos, fez a divisa ganhar força nos últimos 10 dias.
Apesar das instabilidades externas, o dia foi dominado pelas expectativas em relação ao primeiro turno das eleições gerais deste domingo, 2. O real descolou-se das moedas de outros países emergentes, que se desvalorizaram perante o dólar nesta sexta-feira. Enquanto a bolsa brasileira recuperou-se, as bolsas norte-americanas tiveram forte queda e registraram o nível mais baixo no ano.
O índice Dow Jones, das empresas industriais, recuou 1,7%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, perdeu 1,51%. O S&P 500, das maiores companhias, caiu 1,48%. Os receios de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros da maior economia do planeta além do previsto dominou o mercado internacional nesta sexta.
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