Indicador acumula alta de 5,13% em 12 meses, maior do que o avanço de 5,11% no período até a terceira medição Reprodução: Valter Campanato/Agência Brasil
Publicado 03/10/2022 12:42
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,02% no fechamento de setembro, após apresentar variação zero na terceira leitura do mês e deflação de 0,57% em agosto. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 3, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O indicador acumula alta de 5,13% em 12 meses, maior do que o avanço de 5,11% no período até a terceira medição e menor que a alta de 6,62% no fechamento de agosto.

A alta mensal foi maior do que a prevista pela mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que estimava avanço de 0,01%. As projeções dos analistas do mercado financeiro iam de queda de 0,11% à aceleração de 0,13%.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, duas registraram acréscimo em suas taxas de variação entre a terceira quadrissemana do mês e o fechamento de setembro, com destaque para Transportes (-2,92% para -2,63%). O item com maior influência no grupo foi gasolina, (-9,61% para -8,68%). Habitação foi o outro grupo a apresentar acréscimo (0,23% para 0,40%), com destaque para a aceleração da tarifa de eletricidade residencial (-0,72% para -0,07%).

Por outro lado, os grupos Educação, Leitura e Recreação (4,94% para 4,36%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,66% para 0,59%), Comunicação (-0,46% para -0,52%), Vestuário (0,42% para 0,38%), Despesas Diversas (0,07% para 0,04%) e Alimentação (-0,28% para -0,29%) apresentaram decréscimo no período.
Nestas classes de despesa, os itens com maior peso foram passagem aérea (26,94% para 23,75%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,01% para 0,49%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,57% para -1,16%), relógios e bijuterias (0,11% para -0,25%), cigarros (0,79% para 0,28%) e laticínios (-3,94% para -4,86%), respectivamente.

Influências

Passagem aérea (26,94% para 23,75%), aluguel residencial (1,46% para 1,63%), plano e seguro de saúde, que repetiu a taxa de 1,15% registrada na terceira quadrissemana, foram os itens que mais pressionaram para cima entre a terceira leitura e o fechamento de setembro. Cebola (11,85% para 9,91%) e banana prata (6,37% para 8,12%) completam a lista.

Na outra direção, gasolina (-9,61% para -8,68%), leite tipo longa vida (-11,52% para -13,35%) e etanol (-12,45% para -12,60%) foram os itens que mais puxaram o indicador para baixo, seguidos por combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,57% para -1,16%) e xampu, condicionador e creme (-2,17% para -2,89%).
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