Publicado 10/10/2022 18:51 | Atualizado 10/10/2022 18:52
Nos próximos dez anos, a participação do petróleo do pré-sal na produção total do Brasil vai subir dos atuais 73% para 80%, informa o caderno de estudos do Plano Decenal de Energia 2032 (PDE 2032) divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O volume previsto para a região subiu em 100 mil barris diários em comparação com o PDE anterior, para quatro milhões de barris/dia.
Em 2032, a produção total de petróleo vai atingir 4,9 milhões de barris diários, queda em relação aos 5,2 milhões de b/d previstos para 2031. Para 2022, a projeção da produção total caiu de 3,4 milhões de b/d no PDE 2031 para 3 milhões de b/d no PDE 2032. O pico de produção será em 2029, quando a produção de petróleo deverá atingir 5,4 milhões de b/d.
Segundo o estudo, que junto com outros cadernos vão construir o PDE 2032, "os combustíveis fósseis apresentam um papel importante na matriz energética prevista para o decênio". "Contudo, observa-se a busca por um barril competitivo e 'descarbonizado'", ressaltou o documento.
A previsão da produção bruta de gás natural para o decênio do PDE 2032 é, em média, 13% superior à projeção apresentada no PDE 2031, segundo cálculo antes dos descontos de consumo próprio, injeção, queima e perdas. De acordo com o PDE 2032, a produção bruta de gás natural será de 323 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) na ponta do plano, contra a previsão de 269 milhões de m3/d um ano antes.
Foram revistas a produção do campo de Búzios, que, de acordo com o com seu novo Plano de Desenvolvimento (2021), vai adotar unidades de produção de maior capacidade. Já os campos de Wahoo, Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Palombeta, Cavala, Agulhinha e Agulhinha Oeste tiveram suas comercialidades declaradas e passaram a compor a categoria de reserva total, explicou o estudo.
O gás natural produzido na região do pré-sal também teve a participação na produção total do país elevada, de 69% para 78% de um plano para outro. Segundo o documento, a produção bruta vai passar de 193 milhões de m3/d em 2031, para 252 milhões de m3/d em 2032.
Já a produção líquida de gás natural do pré-sal (após os descontos de consumo próprio, injeção, queima e perdas) passou de 137 milhões de m3/d em 2031 para 134 milhões de m3/d em 2032, queda de 2,2%.
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