Publicado 04/11/2022 11:40 | Atualizado 04/11/2022 11:46
A Petrobras teve, no terceiro trimestre de 2022, lucro líquido de R$ 46,096 bilhões. O valor é o quarto maior trimestral da história da estatal. O resultado, entretanto, é 15,2% menor que o registrado no segundo trimestre, de R$ 54,330 bilhões. Os dados foram divulgados pela companhia nesta quinta-feira, 3.
De acordo com a empresa, essa queda é explicada pela desvalorização do petróleo Brent e pelo fato de que, no segundo trimestre, a estatal recebeu R$ 14,2 bilhões com o acordo de coparticipação em Sépia e Atapu.
"Estes fatores foram parcialmente compensados pela melhora no resultado financeiro (R$ 7,8 bilhões) refletindo a menor desvalorização do real frente ao dólar no 3T22 em comparação ao 2T22", afirma a Petrobras, em nota.
A geração de fluxo de caixa operacional e a de fluxo de caixa livre no trimestre totalizaram US$ 12,1 bilhões e US$ 10,1 bilhões, respectivamente; e o Ebitda (resultado de operação da empresa ajustado), de US$ 17,4 bilhões.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de remuneração aos acionistas (dividendos e juros sobre o capital próprio) referente a R$ 3,35 por ação, a serem pagos em duas parcelas, em 20 de dezembro de 2022 e 19 e janeiro de 2023, respectivamente. A decisão gerou críticas. A União, acionista controlador, receberá R$ 16 bilhões.
"Esses resultados demostram, mais uma vez, o alto nível de desempenho alcançado pela Petrobras. Com disciplina de capital, investindo em ativos resilientes e com taxas de retorno adequadas, a companhia vem conseguindo apresentar performance de maneira sustentável", disse o presidente da companhia, Caio Mário Paes de Andrade.
O retorno sobre capital empregado (ROCE) atingiu 15% no 3º trimestre de 2022, um crescimento em comparação com os 12,8% do trimestre anterior. A companhia pagou, no período, R$ 73 bilhões em tributos e participações governamentais às esferas federal, estadual e municipal.
No 3º trimestre de 2022, os investimentos da Petrobras totalizaram US$ 2,1 bilhões, enquanto nos primeiros nove meses do ano, os investimentos foram de US$ 7 bilhões, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2021.
A dívida bruta da Petrobras ficou em US$ 54,3 bilhões, considerado pela companhia como um valor saudável para empresas do mesmo segmento e porte, segundo informou a estatal em nota. "A redução da dívida bruta se refletiu na diminuição do número de dias do fluxo de caixa operacional necessários para pagar juros", diz a nota. Atualmente, em 14 dias a companhia gera fluxo de caixa operacional suficiente para pagar os juros.
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