Publicado 14/11/2022 20:18
A Caixa Econômica Federal voltou a oferecer nesta segunda-feira (14) o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. A modalidade ficou suspensa das 19h do dia 31 de outubro até as 7h desta segunda, por conta de "processamento da folha de pagamento do Auxílio Brasil, processo que envolve DATAPREV, CAIXA e Ministério da Cidadania", segundo o banco público.
Não foi a primeira vez que a Caixa suspendeu a operação do empréstimo. Entre 21 e 24 de outubro, o banco alegou "manutenção programada nos ambientes tecnológicos" tanto da Caixa como da Dataprev para a suspensão.
Até o momento, a Caixa não divulgou balanços sobre o número de beneficiários e o valor já contratado da modalidade, e disse que o fará "oportunamente".
Como funciona o consignado do Auxílio Brasil
Como funciona o consignado do Auxílio Brasil
A modalidade tem juro de 3,45% ao mês, perto do limite de 3,5% estabelecido pelo Ministério da Cidadania.
A prestação máxima é de 40% do valor do Auxílio Brasil, enquanto a parcela mínima é de R$ 15. A duração do empréstimo é de até 24 meses.
Segundo os dados do Banco Central, o juro está acima do que é cobrado, em média, nos vários tipos de consignado: para trabalhadores do setor privado (2,61%), para trabalhadores do setor público (1,70%), para aposentados e pensionistas do INSS (1,97%) e consignado pessoal total (1,85%).
Segundo os dados do Banco Central, o juro está acima do que é cobrado, em média, nos vários tipos de consignado: para trabalhadores do setor privado (2,61%), para trabalhadores do setor público (1,70%), para aposentados e pensionistas do INSS (1,97%) e consignado pessoal total (1,85%).
Além da Caixa, outros 11 bancos oferecem o crédito consignado do Auxílio Brasil. Porém, entre os cinco maiores bancos que operam no Brasil, a Caixa é a única que adota. Especialistas veem a modalidade como eleitoreira - uma vez que foi criada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) às vésperas das eleições - e de alto risco para os mais vulneráveis, tendo grande potencial de aumentar o endividamento dos mais pobres.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.