Publicado 15/12/2022 16:48
O ministro da Economia, Paulo Guedes, cutucou, sem citar diretamente, as políticas que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinaliza querer implementar. Além disso, o ministro rebateu, mais uma vez sem detalhar, o discurso da equipe de transição, de que o país está quebrado. No último domingo, 11, o Ministério da Economia divulgou nota oficial, na qual negou que o País esteja quebrado, citando a queda da dívida pública e a perspectiva de o primeiro superávit primário do Governo Central desde 2013.
"Quando tem mudança de regime, os modelos técnicos começam a errar. Isso que explica os erros de projeção de crescimento. O Brasil vai crescer zero, vai ter recessão'. Brasil cresce 5% e volta em 'V'. Ah, agora é o ano seguinte. Vira a rolagem da desgraça. Agora o ano seguinte é dele. Aí diz que é herança maldita", disse. "Além de ser erro intelectual, fake news, e uma desculpa desonesta para o que estão encontrando, é uma burrice colossal", completou, na abertura da cerimônia de entrega do Prêmio Excelência em Pesquisa Ipea.
Guedes também afirmou que é saudável a alternância dos poderes, mas que não é civilizatório o uso da máquina para se perpetuar. "Mexer em regra para se perpetuar não é civilizatório", disse, sem detalhar. Em outro momento, Guedes afirmou que a extrema esquerda e a extrema direita são parecidas no sentido do dirigismo econômico. "Ambos gostam de mexer em empresas estatais", citou, em meio ao debate de mudança da Lei das Estatais no Congresso.
O ministro da Economia ainda negou que o governo Bolsonaro tenha sido populista durante a campanha eleitoral. "Baixamos impostos porque controlamos gastos. Não é para reeleição."
No mesmo evento, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, alertou que o "desvio" da política econômica do governo atual pode ter "consequências para crescimento e para os mais pobres".
"Enquanto tivermos política econômica deste governo, o Brasil vai ter sucesso. Enquanto tivemos reformas pró-mercado, crescimento está assegurado. O desvio dessa meta vai ter consequências para crescimento e para mais pobres."
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também participou do evento, em que fez homenagem ao seu avô, fundador do Ipea.
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