Em dezembro, famílias pagam mais caro pela cebola (26,18%) e pelo tomate (19,73%)Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Publicado 23/12/2022 12:57
A alta de 0,52% em dezembro registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) foi a mais baixa para o mês desde 2018, quando houve uma queda de 0,16%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses descer ao menor patamar desde março de 2021, quando era de 5,52%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses desacelerou de 6,17% em novembro para 5,90% em dezembro. No mês de 2021, o IPCA-15 tinha subido 0,78%.

O fechamento deste ano ficou abaixo do registrado em 2021, quando o IPCA-15 acumulou alta de 10,42%, mas acima do desempenho de 2020, quando houve elevação de 4,23%.

Grupos

Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 0,54% em novembro para uma elevação de 0,69% em dezembro dentro do IPCA-15 de dezembro. No ano, o grupo acumulou um aumento de 11,96%.

Alimentação e bebidas deram uma contribuição de 0,15 ponto porcentual para a taxa de 0,52% do IPCA-15 do mês de dezembro.

Já a alimentação no domicílio subiu 0,78% no mês. As famílias pagaram mais pela cebola (26,18%) e pelo tomate (19,73%). Nos últimos três meses, a cebola ficou 52,74% mais cara, enquanto o tomate aumentou 49,84%.
Em dezembro, houve altas de preços também no arroz (2,71%) e nas carnes (0,92%). Na direção oposta, o leite longa vida recuou 6,10%, o quarto mês consecutivo de quedas, mas o produto encerra o ano de 2022 com um aumento de 25,42%.

A alimentação fora do domicílio subiu 0,45% em dezembro. O lanche teve alta de 0,88%, e a refeição subiu 0,28%.

Os preços de saúde e cuidados pessoais passaram de uma alta de 0,91% em novembro para uma elevação de 0,40% em dezembro. No ano de 2022, o grupo acumulou um aumento de 11,24%. Neste mês, o grupo contribuiu com 0,05 ponto porcentual para a inflação registrada pelo IPCA-15 em dezembro.

A desaceleração no grupo foi puxada pelos itens de higiene pessoal, que passaram de alta de 1,76% em novembro para 0,04% em dezembro. No mês, houve queda nos preços dos produtos para unha (-5,05%), perfumes (-1,54%) e produtos para pele (-1,39%).

O destaque entre as altas foi novamente o plano de saúde (1,21%), que incorpora a fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
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