Publicado 02/01/2023 18:18 | Atualizado 02/01/2023 18:21
Brasília - O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta segunda-feira (2) que irá realizar um pente-fino entre os beneficiários do Bolsa Família. Ele, no entanto, não deu prazo para começar a averiguação.
"Vamos fazer uma revisão. Qualquer número é chute", afirmou ao sair da cerimônia de posse de Fernando Haddad no ministério da Fazenda.
Dias também afirmou ainda não ser possível estimar quantas pessoas seriam excluídas do programa, mas prometeu trabalhar com o IBGE para revisar a população inscrita no benefício.
"Vamos trabalhar uma espécie de censo especial para o cadastro", afirmou. "Tem gente ilegalmente dentro e tem quem tem direito está fora", completou.
Esta seria a razão de ainda não haver uma estimativa de quanto o Bolsa Família vai custar anualmente.
A partir de janeiro o programa de transferência de renda criado no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substitui o Auxílio Brasil.
Inicialmente, o Bolsa Família continuará atendendo as 21,6 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único com direito ao Auxílio Brasil, mas o governo eleito promete realizar um pente-fino para rever injustiças do programa. A revisão de cadastros vai mirar 4,9 milhões de beneficiários que declaram morar sozinhos.
Esse grupo representa 22,7% do total de beneficiários. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), a inclusão às pressas de novas famílias antes das eleições fez com que muitos recebessem o dinheiro sem passar pela checagem dos critérios necessários. Em julho, 18,13 milhões de famílias recebiam o benefício. Esse total saltou para 21,53 milhões em novembro deste ano.
Essas pessoas serão convocadas a comparecer presencialmente nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e comprovar a situação de família unipessoal.
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