Em dezembro, foram comercializados 216,9 mil veículosMarcelo Camargo/Agência Brasil
Publicado 05/01/2023 12:29
O mercado de veículos registrou, no balanço final de 2022, a venda de 2,1 milhões de unidades no país, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, o que representa uma leve queda de 0,7% na comparação com 2021. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira, 5, pela Fenabrave, a associação das concessionárias de automóveis.

Abaixo das expectativas no início do ano, quando as projeções de montadoras e revendedores eram de crescimento entre 4,6% e 8,5%, o desempenho mostra que o setor segue em mais de 600 mil veículos distante do nível de antes da pandemia. Em 2019, as vendas de veículos no Brasil somaram 2,79 milhões de unidades.

A escassez de componentes eletrônicos no mundo, levando a paradas de produção e, consequentemente, limitação de oferta nas concessionárias, principalmente no primeiro semestre, impediu resultado melhor no ano.

Mas, com a melhora no abastecimento de peças nos últimos meses, as montadoras conseguiram produzir com menos interrupções, permitindo ao mercado exibir na última foto de 2022 o maior número de veículos vendidos em um mês desde dezembro de 2020 (244 mil).
Foram comercializadas 216,9 mil unidades no último mês, alta de 4,8% na comparação com igual período de 2021 e de 6,3% frente a novembro.

Contribuiu a esse crescimento a corrida de transportadores antes da mudança nos preços dos caminhões por conta do aperto, na virada do ano, dos limites de emissões, o que exigiu uma atualização tecnológica dos motores a diesel.
As vendas de caminhões, um total de 12,1 mil unidades no mês passado, subiram 21,4% contra novembro e 0,8% na comparação com dezembro de 2021

Já no segmento de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas de dezembro superaram em 4,5% as do mesmo período de 2021. Frente a novembro, houve alta de 5,3%.

Embora o crédito mais caro e restrito afete as vendas no varejo, os maiores volumes da indústria ainda encontram vazão nas encomendas de clientes frotistas - em especial as locadoras, que formaram longas listas de espera no período de maior restrição de oferta.
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