Segundo a FGV, 'expectativas para esse novo ano não são animadoras'Cléber Mendes / Agência O Dia
Publicado 30/01/2023 12:00
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) teve queda de 4,4 pontos em janeiro ante dezembro de 2022, registrando 82,8 pontos, informou nesta segunda-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O recuo levou o indicador ao menor nível desde março de 2021, quando atingiu 72,5 pontos, no auge da segunda onda da pandemia de covid-19.
Em médias móveis trimestrais, o Icom caiu 5,1 pontos, a terceira queda seguida. De acordo com a FGV, embora o índice tenha ficado estável em dezembro ante novembro, desde que começou a cair, em outubro, o Icom acumulou tombo de 19 pontos.

Em janeiro, o resultado negativo do indicador "foi influenciado pela piora mais forte das avaliações sobre o presente, mantendo o padrão que já se observava no final de 2022, sugerindo redução da demanda e consequente desaceleração do setor", diz a nota da FGV.
"As expectativas para esse novo ano não são animadoras, dado que o momento de juros e inflação ainda em patamar alto, e consumidores com poder de compra reprimido não permitem vislumbrar uma recuperação no curto prazo", afirma a fundação.

A queda no Icom de janeiro foi verificada em cinco dos seis segmentos do comércio pesquisados na Sondagem do Comércio. Já os componentes do Icom tiveram comportamento divergente.

O Índice da Situação Atual (ISA-COM) recuou 8,8 pontos, ficando em 79,9 pontos, menor nível desde fevereiro de 2022, quando ficou em 78,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) teve ligeira alta de 0,4 ponto, atingindo 86,5 pontos.

"O Índice de Confiança do Comércio vem registrando resultados pouco favoráveis. Nos últimos meses, as quedas têm sido muito mais influenciadas pelos indicadores de presente, cuja tendência de queda vem desde agosto de 2022. Nesse período o indicador de Volume de Demanda Atual acumulou queda de 20,3 pontos, enquanto o de Situação Atual dos Negócios registrou 19,4 pontos de perdas".
"Apesar desse sinal expressivo de desaceleração, os indicadores sobre o futuro, que já vinham em patamar baixo, acumularam perdas de no máximo 3 pontos no período. Agora, os índices se aproximam em níveis baixos", explica a FGV.
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