Publicado 13/04/2023 11:38
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a jornalistas nesta quinta-feira, 13, que a possibilidade do comércio exterior em moedas locais é "concreta" e as conversas podem avançar. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que os países façam comércio em suas próprias moedas, sem passar pelo dólar.
"Uma das tarefas que Lula pretende deixar é que os bancos multilaterais dos quais o Brasil faz parte possam servir de catalisadores desse processo de alternativa às moedas tradicionais, como euro e dólar, que respondem pela maior parte do comércio internacional", afirmou o ministro.
Em entrevista à "GloboNews", Haddad disse que se pode pensar em comércio internacional bilateral com moedas locais com muita tranquilidade e que a vantagem é "escapar da camisa de força de ter comércio fixado em moeda de um país que não faz parte da transação".
O ministro afirmou que não acredita que a declaração de Lula nesta quinta, em Xangai, vá comprometer a relação do Brasil com Washington. "As transações em dólar vão continuar acontecendo, mas em casos específicos, onde os parceiros são muito fortes, pode-se pensar em mecanismos mais condizentes", disse Haddad, citando o crescente comércio entre Brasil e China.
"Uma das tarefas que Lula pretende deixar é que os bancos multilaterais dos quais o Brasil faz parte possam servir de catalisadores desse processo de alternativa às moedas tradicionais, como euro e dólar, que respondem pela maior parte do comércio internacional", afirmou o ministro.
Em entrevista à "GloboNews", Haddad disse que se pode pensar em comércio internacional bilateral com moedas locais com muita tranquilidade e que a vantagem é "escapar da camisa de força de ter comércio fixado em moeda de um país que não faz parte da transação".
O ministro afirmou que não acredita que a declaração de Lula nesta quinta, em Xangai, vá comprometer a relação do Brasil com Washington. "As transações em dólar vão continuar acontecendo, mas em casos específicos, onde os parceiros são muito fortes, pode-se pensar em mecanismos mais condizentes", disse Haddad, citando o crescente comércio entre Brasil e China.
"O Brasil não é um país alinhado no sentido tradicional do termo, sempre dialogou com todos os quadrantes do planeta sem privilegiar ninguém, já se aproximou da Alemanha, dos Estados Unidos, mas nunca fechou as portas para ninguém", destacou em Xangai.
O ministro acrescentou que os EUA sabem que podem contar com o Brasil, que tem planos de reindustrialização tanto com investimentos americanos quanto com chineses. "O Brasil não pode ter preconceito por seu tamanho contra qualquer que seja, a não ser em situações limites."
Haddad ressaltou que o comércio entre países em moeda local é uma "ideia acalentada há muito tempo", desde a Segunda Guerra Mundial. Em um momento como o atual, marcado pela guerra da Ucrânia e outras crises, essa discussão vem a calhar.
Os Brics, sigla que reúne Brasil, Rússia, Índia e China, já respondem por um Produto Interno Bruto (PIB) superior ao do G7, os países mais ricos do mundo, comentou Haddad. Nesse contexto, com o crescimento do Novo Banco de Desenvolvimento, como é chamado oficialmente o banco dos Brics, a instituição pode ter um papel em avançar nas conversas sobre as transações em moeda local.
O ministro acrescentou que os EUA sabem que podem contar com o Brasil, que tem planos de reindustrialização tanto com investimentos americanos quanto com chineses. "O Brasil não pode ter preconceito por seu tamanho contra qualquer que seja, a não ser em situações limites."
Haddad ressaltou que o comércio entre países em moeda local é uma "ideia acalentada há muito tempo", desde a Segunda Guerra Mundial. Em um momento como o atual, marcado pela guerra da Ucrânia e outras crises, essa discussão vem a calhar.
Os Brics, sigla que reúne Brasil, Rússia, Índia e China, já respondem por um Produto Interno Bruto (PIB) superior ao do G7, os países mais ricos do mundo, comentou Haddad. Nesse contexto, com o crescimento do Novo Banco de Desenvolvimento, como é chamado oficialmente o banco dos Brics, a instituição pode ter um papel em avançar nas conversas sobre as transações em moeda local.
O ministro da Fazenda admitiu que o assunto é complexo, mas precisa seguir, ou o comodismo vai fazer com que as coisas continuem como estão.
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