Quadrilhas usam a internet para aplicar o golpe do falso empréstimoTânia Rêgo/Agência Brasil
Publicado 23/05/2023 11:25
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Com a sociedade cada vez mais digitalizada, os bandidos estão criando novas abordagens para aplicar golpes. Uma nova modalidade de crime tem dado muita dor de cabeça para a população: a criação de páginas falsas na internet para oferecer empréstimos inexistentes. Quadrilhas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem crédito com condições muito vantajosas para o consumidor, na maioria dos casos, prometendo liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados.
Quando o interessado preenche o cadastro nestes sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam cláusulas impondo multas, caso haja desistência. Também fazem ameaças e dizem que irão enviar o nome do cliente para o serviços de proteção ao crédito.
Para que o falso empréstimo seja liberado, os golpistas pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal no mercado.
“Não existe nenhum empréstimo em que a pessoa tenha que fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas. Este tipo de abordagem é golpe. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para isso”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Volpini também ressalta que o cliente sempre deve desconfiar de sites na internet que ofereçam crédito com condições vantajosas. “Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos.”
A Febraban também esclarece que a entidade não faz qualquer tipo de cobrança, emite comunicado sobre recolhimento de impostos, informe sobre pagamento de parcelas de empréstimos e tampouco oferece empréstimos. A Febraban é uma associação civil sem fins lucrativos que reúne instituições financeiras do país. No desempenho de suas atividades, a entidade não tem relacionamento direto com clientes e usuários do sistema bancário.
A Federação ainda ressalta que não contata pessoas físicas ou jurídicas por ligação telefônica, carta, e-mail, WhatsApp ou quaisquer redes sociais, para realização de procedimentos de segurança ou para efetivação de operações financeiras. Trata-se de modalidade de golpe.
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